Casal acusado de matar em briga por dívida de R$ 200 vira réu em Limeira

O juiz da 1ª Vara Criminal de Limeira, Rogério Danna Chaib, recebeu denúncia oferecida pelo Ministério Público (MP) contra um casal acusado pelo homicídio de José Eraldo Rodrigues, de 59 anos. Ele foi morto na noite de 25 de janeiro último, no Jd. Campo Belo, após cobrar uma dívida de R$ 200.

O despacho foi assinado na última quinta-feira (23/02). Os réus são W.S.F., de 21 anos, e sua esposa L.F.C.M., de 23 anos. Detidos em flagrante, eles tiveram a prisão preventiva decretada e vão responder pelo crime na prisão. Nesta semana, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) negou habeas corpus pedido pelo casal e as prisões foram mantidas.

Segundo a denúncia da promotora substituta Paula Alessandra de Oliveira Jodas, o casal estava em casa junto com o filho da mulher quando foi chamado por Rodrigues. Ele foi até o local para cobrar uma pendência de R$ 200, mas a conversa culminou em discussão.

Na briga, o casal se apossou de facas e ambos golpearam Rodrigues. A vítima tentou deixar o local, ainda ferido. Na sequência, W. e L. entraram em casa e esconderam as facas. O homem fugiu de motocicleta, enquanto a mulher deixou a residência em companhia do filho e da mãe. Todos se abrigaram na casa da mãe de W..

A Polícia Militar foi acionada até o local e constatou que Rodrigues estava caído sobre a calçada de uma igreja, em estado agonizante. Ele faleceu no local, atingido por dois golpes de faca na região do pescoço, um no antebraço direito e outro abaixo do lábio. Após colher informações, os policiais militares localizaram o endereço da mãe de W., onde o casal foi preso em flagrante.

À Polícia Civil, W. disse que viu Rodrigues quando foi tomar pinga e encontrou-o embriagado. Depois, foi para casa e soube que ele estava assediando a mulher. Na discussão, afirmou que a vítima empurrou L., quando iniciaram a luta corporal. Ele admitiu ter esfaqueado Rodrigues no conflito, mas negou participação da mulher. Já L. relatou que Rodrigues “dava em cima dela”, principalmente quando estava embriagado. Ele chamou-a naquela noite e exibiu-lhe uma faca. Pediu que fosse embora, mas Rodrigues teria dado um soco que a fez cair ao chão. Sua mãe apareceu e pediu para que ele fosse embora. Segundo a versão, a vítima foi em direção à L. com a faca em punho, mas ela o atingiu antes na altura do peito. Ela confirmou que o companheiro esfaqueou Rodrigues.

O MP pede que ambos sejam submetidos a júri popular pelo crime de homicídio duplamente qualificado: motivo fútil (dívida de R$ 200) e sem chance de defesa da vítima (eles se armaram com facas para surpreender Rodrigues). Com o recebimento, a ação penal foi aberta, os réus serão citados e terão prazo de 10 dias para se defenderem previamente no processo.

Foto: Pixabay

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