C.S.N., acusado de matar, com golpes de faca, Jonas Daniel Alves Guimarães em 22 de julho de 2018, será julgado pelo júri de Cordeirópolis na próxima quinta-feira (11). A vítima era cunhado dele.

A denúncia contra C. é assinada pelo promotor Hélio Dimas de Almeida Júnior, que pede a condenação dele por homicídio qualificado (mediante recurso que dificultou a defesa da vítima). A confusão que terminou em morte teve início numa festa promovida pelo réu para comemorar seu aniversário e a vítima compareceu no evento porque namorava a irmã de C..

Na ocasião, houve uma discussão entre o casal e, assim que terminada, a vítima deixou o local, foi para sua casa, trancou as portas e deitou-se para dormir. Logo depois, a namorada da vítima foi até o local acompanhada de familiares, entre eles o réu, pulou o muro, arrombou uma das portas, foi até Jonas e nova briga começou. O desentendimento terminou na via pública e a vítima conseguiu se refugiar na casa de um vizinho, onde ficou até a situação se acalmar.

Quando retornava para casa, outra vez Jonas foi abordado pela namorada e nova confusão teve início. Foi nesse momento que ele foi esfaqueado pelo réu. “C. decidiu colocar em prática seu desiderato criminoso de ceifar a vida de Jonas. Ele aproveitando-se do fato de a vítima estar distraída envolvida na contenda com a namorada, a surpreendeu pelas costas e lhe desferiu três golpes de faca na região anterolateral do hemitórax esquerdo com a intenção de matá-la. Jonas, mesmo ferido, conseguiu percorrer cerca de cinquenta metros a pé e, com a ajuda de sua irmã, foi socorrido por equipe médica e encaminhado ao hospital, todavia, em decorrência das facadas dadas por C., a vítima veio a falecer antes de chegar ao pronto-socorro”, acusa o Ministério Público (MP). Após os golpes, C. fugiu e foi preso dois dias depois por força de um mandado.

A defesa do réu chegou a pedir no Tribunal de Justiça (TJ) a mudança do julgamento para outra cidade. No pedido, ele alegou que tanto ele quanto a vítima são pessoas muito conhecidas na “pequena cidade, cujos habitantes estão propensos a condená-lo, pois as notícias veiculadas pela mídia só deram espaço para a família do ofendido, o que gerou imagem distorcida a seu respeito, criando clima desfavorável e de condenação prévia, o que suscita fundadas dúvidas a respeito da imparcialidade dos integrantes do Tribunal do Júri”. O TJ, porém, manteve o julgamento em Cordeirópolis.

O júri ocorrerá no plenário da Câmara Municipal a partir das 9h30. Na ocasião, a defesa pedirá absolvição do réu com a tese de que ele agiu em legítima defesa.

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