Vítima muda versão e investigação de sequestro em Limeira tem reviravolta

A investigação de um suposto caso de sequestro que ocorreu em Limeira no dia 3 teve uma reviravolta. A vítima do caso retificou o depoimento prestado no dia do flagrante, negou que houve sequestro e, com isso, a Justiça concedeu liberdade às duas mulheres investigadas. Conforme mostrado pelo DJ (veja aqui), uma delas é esposa do homem que teve relacionamento extraconjugal com a vítima.

Na versão inicial prestada pela vítima na delegacia, ela descreveu que desembarcou do ônibus da empresa onde trabalha e caminhava pela via pública quando foi abordada por uma mulher, que posteriormente ela descobriu tratar-se da irmã da esposa do rapaz com quem ela manteve relacionamento. A princípio, a moça disse que precisava de informações e quando a vítima se aproximou do automóvel foi puxada pelos cabelos e colocada dentro do automóvel, onde estava a esposa do rapaz e outras duas pessoas não identificadas.

No trajeto, ainda conforme a vítima, houve ameaça com uma tesoura por conta do relacionamento extraconjugal e o destino foi uma área perto da Estrada do Zé do Pote, área rural de Limeira, onde a jovem relata ter sido agredida, bem como teve seu cabelo cortado. Ela relatou ainda que a mandaram entrar num matagal e só sair quando o veículo deixasse o local. Mais tarde, ela encontrou um desconhecido e usou o telefone dele para pedir socorro ao homem com quem teve o relacionamento.

Na última sexta-feira (7), a vítima esteve no 2º Distrito Policial (DP) acompanhada de seu advogado e pediu para retificar parte das declarações que concedeu no dia do flagrante. Ela também registrou nova declaração em cartório – documento que foi anexado aos autos – e negou que tenha sido forçada a entrar no veículo. Afirmou que entrou por conta própria e que, no destino, entrou em luta corporal com uma das investigadas. Quando caiu, teve seu cabelo cortado.

No distrito policial, citou que tentou mudar sua versão no próprio dia do flagrante, após o registro da ocorrência, mas que foi orientada a procurar um advogado. Afirmou, também, que não tem interesse em representar criminalmente contra a investigada pela lesão corporal que não havia outras pessoas no carro, apenas as duas investigadas. Sobre a nova versão para o caso, negou que tenha sido coagida ou ameaçada, mas mencionou que ficou preocupada quando soube das prisões das investigadas e achou injusta.

PEDIDO DE LIBERDADE
As duas irmãs investigadas estavam presas preventivamente desde o dia do flagrante. Com a versão mais recente, o advogado de ambas ingressou na Justiça ontem e pediu a liberdade das duas.

O juiz Guilherme Lopes Alves Lamas, da 2ª Vara Criminal, consultou o Ministério Público (MP) e o promotor Daniel Fontana concordou com a concessão de liberdade provisória mediante a imposição de medidas cautelares, entre elas, a proibição de manter contato e de se aproximar da ofendida.

Nesta quarta-feira (12), o magistrado concedeu a liberdade provisória das investigadas, determinou expedição de alvará de soltura e impôs as medidas protetivas sugeridas pelo MP. O caso segue em investigação.

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