Vigilância de Limeira deve multar donos de canil clandestino por vacinas irregulares

A Vigilância Sanitária de Limeira integrou a força-tarefa que desmontou o canil clandestino onde foram apreendidos animais em situação de maus-tratos, na última quarta-feira (13/04). O órgão deverá tomar medidas administrativas contra o casal proprietário em razão de irregularidades constatadas no local, que fica em uma estância de chácaras na região do Jd. Palmeira Real, zona sul de Limeira.

Segundo a Prefeitura, diversas vacinas de uso veterinário foram apreendidas. Metade dos imunizantes encontrados estava com data vencida. Os itens foram armazenados de maneira irregular, dentro de uma geladeira com outros tipos de alimentos – e alguns podres, conforme a Vigilância.

O boletim de ocorrência registrado na Delegacia de Investigações Gerais de Limeira (DIG) cita que os medicamentos, a maioria com validade vencida, foram depositados à Vigilância Sanitária de Limeira, autoridade sanitária responsável pelo armazenamento de produtos com validade sob suspeita.

Em depoimento à Polícia Civil, a servidora da Vigilância que foi acionada para acompanhar a diligência na chácara constatou a existência de vacinas em condições irregulares de armazenamento, dentro de um refrigerador. Os itens estavam sem padrões de identidade e alguns com prazo de validade expirado.

A Vigilância informou que deverá autuar os proprietários por diversas irregularidades em relação às vacinas. Também foi lavrado auto de infração por conta de uma piscina com água parada e, segundo a servidora, recoberta por larvas, o que configurou criadouro do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.

Os animais – 131 cães da raça Lulu da Pomerânia, um pastor belga, dois cães da raça lhasa apsu e mais quatro gatos persas – foram enviados a entidades protetoras.

Em relatório técnico apresentado à DIG, a Secretaria de Meio Ambiente de Limeira, que enviou um veterinário ao local, afirmou que a presença de ninhadas diversas, machos e fêmeas agrupados em casal e documentos anotando datas de cruza e certificados de registro de pedigree e linhagem, caracterizam o local como um canil clandestino, sem registro, estrutura ou responsável técnico.

“A presença de inúmeras doses de vacinas no local também pode representar o exercício ilegal de medicina veterinária pelos responsáveis”, diz a Secretaria. Esta linha de apuração ainda será aprofundada pela Polícia Civil.

O casal prestou depoimento à Polícia Civil. O empresário de 52 anos negou a ocorrência de maus-tratos e nada relatou sobre o armazenamento das vacinas. A esposa, uma vendedora de 47 anos, afirmou que um veterinário comparece no local vez em quando, faz castração, consultas, vacinas e dá atestados de saúde. Ambos foram soltos após pagamento de fiança no valor de R$ 15 mil cada.

Foto: Wagner Morente/GCM Limeira

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