Saúde estuda ampliação de estrutura para hemodiálise em Limeira

Em reunião da Comissão de Saúde da Câmara de Limeira na semana passada sobre a dificuldade de pacientes que realizam hemodiálise em outras cidades, o secretário municipal de Saúde, Vitor Santos, e o assessor executivo da pasta, Alexandre Ferrari, apresentaram algumas alternativas.

O secretário de Saúde explicou aos presentes que o município não tem poder de modificar a estratégia da fila, pois a gerência é Estadual e segue uma legislação. No entanto, disse que a Prefeitura está buscando soluções para amenizar os problemas enfrentados pelos pacientes.

Para ampliar o atendimento, a Secretaria de Saúde está em negociação para a aquisição de mais cinco cadeiras de hemodiálise, o que permitiria atender mais 30 pacientes na Santa Casa de Limeira. Outra estratégia estudada é aumentar os turnos de atendimento, de três para quatro.

O secretáiro informou que a Santa Casa atende atualmente 135 pacientes, dos quais 121 são de Limeira.

De acordo com ele, o município está adotando medidas a longo prazo para tentar evitar que o quadro de pacientes chegue ao ponto de necessitar de hemodiálise. Para isso, a Secretaria de Saúde pretende atuar na prevenção de doenças como diabetes e hipertensão, que podem acarretar em doença renal crônica sem o devido tratamento.

No encontro na Câmara alguns pacientes também estiveram presentes, assim como representantes do Conselho Municipal de Saúde.

Os pacientes defenderam ser muito difícil o deslocamento para tratamento, uma vez que em Limeira há o atendimento prestado pela Santa Casa. Eles apontaram dificuldades no transporte fornecido pela Prefeitura, não disponibilização de alimentação e até situações de mau atendimento por parte de motoristas ou falta de planejamento na disponibilização de veículos.

Um dos pacientes relatou que precisou sair às 2h da manhã para realizar o tratamento, que foi orientado a ir até a rodoviária para pegar a Van de transporte, no entanto informou que não há ônibus municipal circulando no horário e que não tinha condições financeiras de utilizar um táxi. Segundo ele, a Prefeitura autorizou que o motorista o buscasse em casa para levá-lo ao hospital, no entanto o mesmo se recusou a levá-lo de volta após o tratamento. Outro paciente disse que em uma ocasião foi disponibilizada uma ambulância com capacidade para sete passageiros para levar um grupo de oito pacientes ao hospital

A falta de disponibilização de alimento para quem se desloca de Limeira para tratamento em outra cidade também foi abordada. Os representantes do Conselho de Saúde disseram que muitos pacientes não têm condições financeiras de almoçarem fora e o tratamento pelo qual passam durante a hemodiálise é muito desgastante e que precisam de uma boa alimentação.

Sobre a troca entre pacientes de outras cidades, Vitor Santos reforçou que a gestão da fila não permite esse procedimento e que mesmo que permitisse, citou que atualmente Limeira não tem pacientes de Leme, Araras, Rio Claro ou Mogi Mirim para propor a troca. Ele também informou aos vereadores que está buscando uma agenda de reunião com o secretário estadual de Saúde para tratar da forma de gerenciamento da fila e propor a possibilidade de trocas entre cidades.

Sobre o transporte, Vítor disse que a secretaria está estudando uma alternativa de terceirizar o serviço que hoje é prestado pela Prefeitura, o que permitiria que os pacientes sejam atendidos individualmente. Quanto à alimentação, o secretário informou que busca a possibilidade de um convênio com o Ministério da Saúde para fornecimento de ajuda de custo para os pacientes que precisam de deslocamento para tratamento.

Integram a Comissão de Saúde os vereadores Dr. Júlio (União Brasil), presidente; Adir Almeida (PDT), vice-presidente; e Terezinha da Santa Casa (PL) secretária. O vereador Marco Xavier (Cidadania) também acompanhou a reunião.

Foto: Divulgação/Câmara de Limeira

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