Limeirense agredida em viagem de Uber pede indenização de R$ 20 mil

A limeirense que filmou e denunciou agressão por parte de um motorista da Uber do Brasil, em corrida realizada em 1º de setembro, ajuizou ação de indenização por danos morais contra a empresa responsável pelo serviço de mobilidade via aplicativo. O processo foi protocolado no último dia 10 e vai tramitar no Juizado Especial Cível de Limeira.

Naquele dia, ela solicitou um motorista pelo aplicativo para se deslocar com o filho de 5 meses. A mulher descreve que o motorista dirigia em alta velocidade e, por estar com a criança, pediu que fosse mais devagar. O motorista se recusou e “disse que o carro era dele e que, se batesse, seria seu problema”.

Na sequência, ela repetiu o pedido. Foi quando o motorista parou o carro na rua, abriu a porta traseira de passageiro e ordenou que a mulher descesse do carro, segundo ela, de forma grosseira. Ela respondeu dizendo que não desceria, exceto se o motorista a deixasse no destino ou no mesmo local de partida.

Foi neste momento que, conforme apontado na ação, o homem a puxou pelo braço e exigiu que saísse do carro, a agredindo. Depois dos fatos, ela registrou boletim de ocorrência. O processo traz a ficha de atendimento médico, que indica presença de hematomas no antebraço e escoriações. Ela notificou a empresa sobre a conduta do motorista.

Toda a ação foi filmada pela mulher em seu celular e as imagens tiveram repercussão nacional. A petição à Justiça informa que a agressão injusta, o risco que o motorista colocou a mulher e a criança e a forma violenta com que foi tratada configuram dano moral. “Restando demonstrado que a empresa ocasionou dano moral de forma indireta ante a má prestação de serviços, por ser fornecedora do serviço deve responder pelos atos praticados pelos motoristas”, diz a ação.

A Uber será citada para apresentar contestação no processo. Na época da denúncia, e empresa enviou ao DJ o seguinte posicionamento a respeito dos fatos:

A Uber considera inaceitável e repudia qualquer ato de violência contra mulheres e defende que as mulheres têm o direito de ir e vir da maneira que quiserem e têm o direito de fazer isso em um ambiente seguro. A empresa acredita na importância de combater, coibir e denunciar casos dessa natureza. O motorista teve sua conta temporariamente desativada, enquanto são feitas as investigações. A Uber também encoraja que as mulheres denunciem qualquer violência às autoridades competentes e permanece à disposição para colaborar com as investigações, na forma da lei.

Segurança é uma prioridade para a Uber e inúmeras ferramentas atuam antes, durante e depois das viagens para torná-las mais tranquilas, como, por exemplo: o compartilhamento de localização, gravação de áudio, detecção de linguagem imprópria no chat, botão de ligar para a polícia, entre outros.

Desde 2018 a empresa mantém o compromisso de participar ativamente do enfrentamento da violência contra a mulher. Recentemente a Uber lançou uma campanha educativa de combate ao assédio também em parceria com o MeToo Brasil”.

Foto: Reprodução

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