D.A.P. foi julgado nesta semana pela Justiça de Cordeirópolis e acabou condenado pelo crime de tentativa de furto. O alvo dele chama a atenção: a base operacional da Guarda Civil Municipal (GCM).
Na madrugada do Natal de 2017, dois agentes perceberam que a porta e uma das janelas estavam abertas. O réu foi surpreendido dentro do vestiário, onde ficam guardados os bens dos GCMs. Questionado, ele afirmou que entrou no imóvel para fugir de outras pessoas que o perseguiam, mas ninguém foi encontrado do lado de fora. Ele acabou denunciado pelo Ministério Público (MP) por tentativa de furto qualificado.
Em juízo, o réu confirmou a versão, ou seja, que estava e envolveu-se em uma confusão, várias pessoas correram atrás dele e por isso entrou na base da GCM. A defesa pediu o reconhecimento da atipicidade da conduta e absolvição por ausência de provas.
A ação foi julgada nesta quarta-feira (26) pela juíza Juliana Silva Freitas, que não acolheu a tese defensiva. “Há que se salientar que os guardas civis, em diligência, não encontraram quaisquer vestígios das pessoas que estariam perseguindo o acusado, segundo seu relato. Ademais a narrativa do acusado é vaga e destituída de credibilidade, tendo em vista que não explicou o local onde estava, qual o tipo de confusão em que se envolveu e quem seriam as pessoas que o estavam perseguindo. Ademais, não há que se falar em irrelevância da lesão jurídica provocada, a se considerar que o acusado logrou ingressar na base da Guarda Civil Municipal e já se encontrava no espaço destinado à guarda de bens, onde estavam localizados os armários da instalação”, concluiu.
D. foi condenado à pena de um ano e um mês de reclusão em regime inicial semiaberto. Ele poderá recorrer em liberdade.
Foto: Pixabay
Deixe uma resposta