Festa rave em Limeira: polícia avança apuração e responsáveis podem ser multados pela Vigilância

A Polícia Civil de Limeira avançou na investigação que apura as circunstâncias da morte de Maykel Hergert Favaro, de 40 anos, ocorrida no último domingo. Delegado do 1º Distrito Policial (DP), Francisco Lima informou que identificou o local onde ocorreu o evento, uma propriedade rural no Recanto dos Laranjais, mas ainda há uma série de informações que será checada. Se for confirmado que era uma festa rave, e os responsáveis identificados, a Vigilância Sanitária irá autuá-los.

A morte de Maykel foi comunicada à Polícia Civil pelo irmão dele, que foi ao plantão policial e descreveu que a vítima estava numa festa rave, em local não informado inicialmente, onde teria feito uso de entorpecentes e ingerido acidentalmente lança-perfume. Após passar mal, ele foi socorrido à Santa Casa, mas não resistiu. Sem a causa da morte, o caso foi registrado como óbito suspeito e o 1º DP abriu inquérito.

O setor de investigações da unidade identificou o local onde teria ocorrido a festa, mas, conforme o delegado, o processo de apuração dos fatos vai além da identificação do endereço. “Trata-se de um sítio no Recanto dos Laranjais e também identificamos a pessoa que teria alugado. Porém, ainda vamos apurar se o local não foi sublocado, se alguém levou entorpecentes e se realmente ocorria uma festa rave no endereço”, mencionou.

Francisco Lima disse que, a partir do descobrimento de novas informações, pessoas serão responsabilizadas. “Se alguém fez algo que não era correto, será responsabilizado. Mas ainda é necessário verificar, por exemplo, se o evento não era uma festa íntima, para amigos. A informação inicial que temos é que tratava-se de uma festa rave, mas isso ainda será apurado. Caso constatado um evento desse porte, com DJ, som e garçom, há também que ser considerada a pandemia, além de questões administrativas da Prefeitura. Não podemos ser apressados demais e chegar a determinada conclusão”, completou.

Outro ponto que precisa ser esclarecido é a causa da morte. Francisco Lima explicou que o laudo toxicológico leva pelo menos 30 dias para ficar pronto. “Temos que ter certeza que o uso excessivo de entorpecente foi a causa da morte. Pode ser que a causa seja outra, ou seja, pode ter consumido entorpecente, mas o fator que causou o óbito, diferente. É um trabalho de bastante paciência e inteligência”, finalizou.

Sobre a eventual festa rave, a Prefeitura de Limeira informou que a Vigilância Sanitária (Visa), juntamente com os demais órgãos de fiscalização do município e as forças policiais, trabalha diariamente na repressão de festas clandestinas não autorizadas pelo poder público. “São várias as tentativas de realização de eventos dessa natureza. O organizador da festa não foi encontrado até o momento. Nesse cenário, o município não pode fazer a autuação. O caso está tramitando na Polícia Civil, se organizador da festa for identificado formalmente poderá ser autuado”, declarou.

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