Contrato emergencial reduz alcance dos serviços de limpeza pública em Limeira

Não foram apenas as chuvas no início do ano que prejudicaram o serviço de zeladoria urbana em Limeira. A necessidade de fazer um contrato emergencial para a conservação urbana, que reduziu o alcance do trabalho, também atrasa o cronograma de atividades de limpeza.

O assunto foi debatido nesta quinta-feira (24/03) na Comissão de Obras e Serviços Públicos da Câmara de Limeira, que recebeu representantes da Forty, empresa contratada pela Prefeitura, e o secretário Dagoberto Guidi (Obras e Serviços Públicos).

Questionado por Helder do Táxi (MDB) sobre o prazo para término da limpeza da cidade, Guidi justificou a situação com a redução de recursos para enfrentamento da pandemia da Covid-19, as chuvas dos últimos meses e o crescimento habitacional. “Hoje a quantidade de recursos está insuficiente, precisamos achar uma solução de curto prazo para isso”, disse.

Outro agravante é a vigência de um contrato emergencial para a zeladoria. Por ser contrato excepcional, o objeto de execução é mais enxuto – em torno de R$ 10,8 milhões por seis meses, até agosto.  O contrato emergencial anterior, também de seis meses, foi encerrado em 27 de fevereiro, no valor de R$ 12 milhões.

Segundo Guidi, a Prefeitura fez os contratos emergenciais em razão de questionamentos ao edital junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE). Com isso, o edital revisado deve ser publicado nos próximos dias, com a previsão de R$ 42 milhões por ano. “Estamos passando por um momento conturbado por questão de licitação e dotação orçamentária”, disse.

A zeladoria inclui serviços de capinação e roçagem, tapa buraco, poda e remoção de árvores, varrição, ecopontos e coleta e destinação de resíduos, entre outros. Representante da Forty, o coordenador-geral André Pellegrini relatou aos vereadores que os serviços de capina, poda e remoção foram diminuídos por causa do contrato emergencial. Já o diretor de Serviços Públicos, Gabriel Soares, lembrou que, em janeiro, foi priorizada a zeladoria nas escolas por causa da volta às aulas presenciais.

O vereador Waguinho da Santa Luzia (Cidadania) defendeu que a redução de caixa para a Forty faz com que a empresa não consiga colocar todo o efetivo para o trabalho. “Não se pode alegar que os problemas que estamos tendo com a zeladoria são somente por causa do período de chuvas, mas sim porque houve uma diminuição no contrato emergencial com a empresa, afetando a prestação do serviço à população”, apontou.

Pellegrini explicou que são seis equipes da Forty atuando em Limeira, com oito ou nove funcionários cada, das quais uma destinada para praças e jardins, outra para escolas municipais e quatro para serviços externos em geral. A cidade é dividida em 26 regiões e as demandas são executadas com base nas solicitações dos munícipes pelo canal 156 e nos apontamentos dos vereadores.

Foto: Divulgação

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