Preso especialista do Ipem por subornar empresário de Iracemápolis

A Polícia Civil de Cordeirópolis, comandada pelo delegado Willian Marchi, prendeu em flagrante na tarde desta quarta-feira (16), em Iracemápolis, um servidor público estadual, especialista de metrologia e qualidade do Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem), por concussão – é o crime praticado por funcionário público, em que este exige, para si ou para outrem, vantagem indevida, direta ou indiretamente para promover atos de ofício.

Os policiais chegaram até o servidor após informações obtidas pelo empresário iracemapolense, proprietário do local que seria “fiscalizado”. O comércio dele está em processo de regularização e aprovação de equipamentos para prestação de serviços específicos, que exigem a aprovação do órgão estadual. No entanto, o servidor, de acordo com relato do empresário, teria exigido quantia em dinheiro para que ele elaborasse relatórios e laudos positivos.

A exigência era de R$ 10 mil em espécie, segundo o empresário. Do contrário, emitiria documentos que não permitiriam a acreditação da empresa junto ao INMETRO e consequente não autorização de prestação de serviços. Além disso, outros R$ 1,6 mil deveriam ser para despesas com deslocamento e hospedagem do servidor público durante o período de “avaliação”.

O empresário ficou inconformado porque, de acordo com ele, todas as instalações e equipamentos estão dentro das normas. Foi, então, que ele procurou a polícia. Antes do pagamento, ele fez cópia da numeração de série das cédulas no total de R$ 8 mil.
O servidor concordou com o valor menor (R$ 8,4 mil). O pagamento ocorreu no escritório, em Iracemápolis. Na saída, ele foi surpreendido pelos policiais e acabou por confessar a prática do crime. Disse que agiu em momento de desespero, por estar em crise financeira.

Concussão é crime inafiançável e a pena máxima é superior a quatro anos. O servidor foi flagrado. Agora, ele está à disposição da Justiça.

O homem deverá responder a processo criminal após o indiciamento pela Polícia e acusação do Ministério Público. Se condenado, a pena prevista para o crime é de reclusão de dois a 12 anos, e multa.

O superior hierárquico dele foi comunicado. Os valores foram apreendidos e restituídos à vítima.

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