Paciente exige outro remédio, ofende e atira calçado contra médica em pronto-socorro

Uma mulher de Iracemápolis deverá responder, na Justiça, por crimes de desacato e lesão corporal, além da contravenção penal de vias de fato, todos praticados contra uma médica do Pronto-Socorro Municipal. Ela teve uma manhã de fúria após discordar do remédio que a profissional tinha prescrito após atendê-la.

Os fatos ocorreram em 24 de agosto deste ano e a denúncia foi oferecida pelo Ministério Público (MP) de Limeira no último dia 18 de dezembro.

Naquela manhã, a mulher foi até a unidade de saúde. A médica que lhe atendeu diagnosticou que o índice de glicemia (concentração de açúcar no sangue) estava alto e receitou a medicação necessária. Nisso, a paciente se recusou a tomar os medicamentos e passou a exigir a prescrição de um remédio ansiolítico.

A exigência, contudo, veio acompanhada de ofensas. Policiais militares foram acionados e, quando chegaram no local, a paciente tirou um dos calçados e atirou contra a médica, atingindo-a no pescoço. As lesões corporais foram constatadas.

E não parou por aí. Na sequência, a acusada ainda desferiu um chute contra a vítima, sem causar lesões. Este fato foi enquadrado pela Promotoria como vias de fato. A mulher estava tão exaltada e agressiva que a PM precisou contê-la com algemas. Na delegacia, os agentes registraram que, dentro da bolsa da paciente, foi encontrada uma garrafa plástica de vinho quase toda consumida.

Posteriormente, a investigada prestou declarações à Polícia Civil. Narrou que discordou da atitude da médica em receitar insulina e gostaria de ser tratada com medicamentos que controlassem sua ansiedade. Ela se alterou após a médica rejeitar a ideia e reagiu após a profissional ter lhe dito que, se fosse por ela, que poderia morrer. A paciente confirmou os xingamentos.

O promotor Persio Ricardo Perrella Scarabel optou por não oferecer o acordo de não persecução penal (ANPP) por se tratar de crimes contra a administração pública (desacato) e com violência (lesão). A denúncia será analisada pela 1ª Vara Criminal de Limeira.

Foto: Prefeitura de Iracemápolis/Arquivo

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