Mistério envolve sumiço de joias de ouro em Limeira e vítima suspeita da vizinha

Com a conclusão do inquérito policial, o Ministério Público (MP) de Limeira ofereceu proposta de Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) contra uma moradora de Limeira que é investigada por furto. Ela é a principal suspeita pelo desaparecimento de joias que pertencem à vizinha, a quem prestava serviços de diarista.

O caso aconteceu no Jd. Colina Verde. No final de 2022, a dona das joias foi à Polícia Civil para prestar queixa contra sua vizinha, que trabalhou em sua casa como faxineira por três anos, duas vezes por semana.

Em junho daquele ano, ela notou o sumiço de suas joias de ouro, como anéis, brinco, pingente e colar, que guardava dentro de uma gaveta, chinelos e a quantia de R$ 900. Conversou com o marido e a filha, mas ninguém sabia do paradeiro dos objetos. Perguntou, inclusive, à diarista, que afirmou que jamais tocou nas joias da mulher.

No mês seguinte, porém, ela disse que viu a filha da diarista com o chinelo que havia desaparecido. Desconfiou, mas não levou adiante. Em dezembro, ela resolveu dispensar a diarista. Em fevereiro de 2023, seu marido entrou em contato com o companheiro da ex-faxineira, dizendo que os pertences estavam em posse da mulher. A filha da vizinha admitiu que ganhou o chinelo da mãe.

A dona das joias fez contato, então, com a antiga diarista e pediu a devolução dos objetos. A mulher pediu 24 horas, mas sumiu. As joias estavam avaliadas em R$ 7 mil. O marido da investigada devolveu cerca de R$ 6 mil ao casal vizinho. A suspeita negou o furto, mas admitiu que o marido indenizou a dona das joias, alegando que o fez para evitar a acusação de furto. Em depoimento, ele disse que a companheira não confessou qualquer crime e não sabe dizer se, efetivamente, foi ela que pegou as joias da vítima.

A Polícia Civil entregou o relatório e o promotor Rodrigo Alves de Araújo Fiusa propôs o acordo, já que a investigada preenche os requisitos. Para isso, a diarista terá de confessar o crime, pagar prestação pecuniária de um salário mínimo a entidade pública e não mudar de residência sem prévia comunicação.

Uma audiência será marcada para a investigada dizer se aceita ou recusa. Em caso de negativa, o MP pode oferecer denúncia por crime de furto.

Foto: TJ-SP

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