O juiz da 1ª Vara Criminal de Limeira, Rogério Danna Chaib, recebeu a denúncia oferecida pela promotora Débora Bertolini Ferreira contra o guarda civil municipal D.A.B.C. por homicídio duplamente qualificado (motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa da vítima). Com a abertura da ação penal, o GCM vai responder pela morte de Jadson Jadiel de Lima, de 30 anos, ocorrida no Bairro Pinhalzinho, zona rural limeirense, na madrugada do dia 21 de fevereiro.
O GCM estava com a esposa numa lanchonete e, em determinado momento, quando o agente foi ao banheiro, Jadson acendeu um cigarro artesanal de maconha e ofereceu à mulher, que aceitou tragar.
Quando o GCM percebeu a situação, se enfureceu, saiu do local em sua moto e retornou minutos depois armado. Ele correu atrás de Jadson, atirou e atingiu a vítima, que caiu e permaneceu ferida no local. Minutos depois, o rapaz faleceu. O servidor público foi preso pouco tempo depois, em sua chácara.
Na denúncia, a promotora descreveu o motivo da acusação qualificada. “Constata-se que o crime foi cometido por motivo fútil, já que o denunciado não se contentou com o fato de que a vítima Jadson conversava com a sua esposa e ofereceu maconha a ela. Ainda, vê-se que o crime foi praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, na medida em que o denunciado se utilizou de arma de fogo contra a vítima, sendo surpreendido pelos disparos efetuados, morrendo no local”, citou.
Débora pediu – e o juiz deferiu no despacho assinado no último dia 5 – para que sejam anexadas nos autos as imagens do sistema de monitoramento da lanchonete, que registraram o momento dos disparos, e requereu que a Justiça pronuncie o GCM para que ele seja submetido ao Tribunal do Júri.
O acusado, que segue preso, será citado para apresentar defesa e o processo ser instruído.
Foto: Pixabay
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