Justiça condena limeirense que deu tiros para resolver desavença comercial

O juiz da 2ª Vara Criminal de Limeira, Guilherme Lopes Alves Lamas, condenou um limeirense a 2 anos de reclusão e 1 mês de detenção, em sentença assinada no último dia 6. Para resolver uma desavença comercial, o acusado recorreu a dois crimes: disparo de arma de fogo e ameaça.

Os fatos aconteceram em outubro de 2020, em um galpão no Parque Abílio Pedro. O dono do local estava com um cliente quando o réu chegou questionando-o sobre a papelada de veículos que haviam negociado. Ele respondeu que seu filho acompanhava a questão e, em seguida, fechou o portão.

Na sequência, o acusado o chamou novamente, tirou um revólver e começou a atirar. O homem se escondeu atrás de um carro. Descontrolado, o réu o ameaçou dizendo que, naquele dia, iria pegá-lo. No outro dia, ele voltou a ameaçá-lo. Duas outras testemunhas confirmaram, em juízo, que ouviram os disparos de arma de fogo. O réu negou as acusações, mas a versão não convenceu o magistrado.

Na delegacia, o homem admitiu que tentou conversar com a vítima diversas vezes. Cansado do que chamou de desídia do vendedor, ele foi até o barracão cobrá-lo, mas não recebeu previsão de data para o pagamento. Nisto, ele se alterou e deu três ou quatro disparos na direção do chão. A arma não foi encontrada. O acusado disse que, no mesmo dia dos fatos, a destruiu com marretadas.

“De rigor a condenação por ambos os delitos [disparo de arma e ameaça], pois, além da prova oral, o laudo pericial identificou danos compatíveis com disparos de arma de fogo no veículo Fiat Strada da vítima, bem como apontou a localização de fragmento de revestimento de munição composto por liga metálica na caçamba do veículo”, aponto o juiz.

A pena será cumprida em regime aberto e não houve conversão em penas restritivas de direitos porque houve grave ameaça. O acusado pode recorrer.

Foto: Reprodução

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