Iracemápolis aprova projeto que prevê também fornecimento de absorventes

Os vereadores de Iracemápolis aprovaram, por unanimidade, o projeto de lei de Claudinho Cosenza (PSDB) sobre “Menstruação sem tabu”. Se sancionado pela prefeita Nelita Michel (PL), o texto prevê diversas ações, até mesmo o fornecimento de absorventes às mulheres que precisarem.

O tema é polêmico, mas tem sido discutido em âmbito nacional com projetos semelhantes protocolados recentemente. Brasil afora, há realidades dramáticas de meninas e jovens que deixam de ir à escola no período menstrual.

Claudinho foi bastante questionado devido a apresentação do tema. Ao DJ, ele repetiu o que disse na tribuna do plenário durante a discussão do projeto: “Infelizmente, não temos nenhuma vereadora nesse momento, mas abracei essa causa porque achei que esse assunto precisa ser falado mesmo. Temos uma prefeita mulher, e acredito que a proposta será sancionada e ela mesma deverá nos ajudar muito, estimulando as ações na saúde pública e nas escolas da rede. O objetivo é oferecer melhor qualidade de vida ao iracemapolense que precisa”.

O projeto prevê a criação de programas, ações e articulação entre órgãos públicos, sociedade civil e a iniciativa privada, que visem ao desenvolvimento do pensamento livre de preconceito, em torno da menstruação; incentivo a palestras e cursos em todas as escolas a partir do ensino fundamental II; elaboração e distribuição de cartilhas e folhetos explicativos que abordem o tema “Menstruação Sem Tabu”; incentivo e fomento à criação de cooperativas, microempreendedores individuais e pequenas empresas que fabriquem absorventes higiênicos de baixo custo e distribuição gratuita de absorventes, pelo poder público, por meio de aquisição por compra, doação ou outras formas, mediante parcerias com a iniciativa privada ou organizações não governamentais.

O vereador diz que estudou o projeto apresentado por deputadas, fundamentado com pesquisa que mostra que a cada 4 meninas, uma perde no mínimo dois dias de aulas por mês. “E eu acredito que, com esse projeto, a gente vai atender a necessidade social, educacional e fudamentalmente a saúde. Em Iracemápolis, muitas pessoas me procuraram e falaram que não tinham acesso ao absorvente e, por isso, perdiam alguns dias de aula e esse trabalho pode ser fundamental na vida das estudantes”.

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