Investigada por extorsão, estelionato e associação criminosa, dupla detida em Limeira é presa preventivamente

A tática usada por dois homens em alugar veículos para cometer crimes ajudou forças de policiais a organizar uma estratégia para prendê-los. Ambos são investigados por extorsão, estelionato e associação criminosa. Nesta quarta-feira (26), a Justiça de Limeira determinou a prisão preventiva de ambos.

A dupla, com auxílio de uma mulher identificada apenas pelo primeiro nome – ela ainda não foi encontrada -, alugava veículos em Limeira e cometia crimes em outros municípios. O objetivo era despistar as investigações sobre os delitos. Em Itapetininga, por exemplo, no dia 24 de maio, uma idosa de 62 anos foi abordada por um casal que ameaçou fazer mal à família dela caso ela não sacasse dinheiro no banco.

A dupla levou a vítima até a casa dela, onde ela pegou algumas joias de ouro, avaliadas em aproximadamente R$ 30 mil, e entregou aos desconhecidos, que também chegaram a levá-la numa agência bancária, mas não fez saque algum e recebeu ajuda de um parente. Uma observação feita pela vítima foi fundamental na investigação, ela identificou que o automóvel usado pelos acusados era um Ford Ka, de cor chumbo. A informação foi repassada à Polícia Civil daquela cidade.

Na investigação do caso, os policiais civis identificaram que o automóvel era alugado e foram além, descobriram a loja onde ocorreu o aluguel, numa concessionária de Limeira. Eles fizeram contato com funcionários e passaram a monitorar a devolução do carro. Nesta quarta-feira, os policiais militares cabos Cordasso e Karine, da 5ª Cia., foram comunicados por funcionários do estabelecimento que a devolução do automóvel estava prestes a ocorrer e que outro automóvel estava reservado para o mesmo locador.

Na concessionária, os PMs abordaram dois homens que estavam com o Ford Ka com as mesmas características do veículo usado no crime mencionado. Um dos homens disse que desconhecia o crime, mas outro afirmou: “a casa caiu”. Paralelamente, policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) tinham sido informados pela Polícia Civil da outra cidade sobre o monitoramento do uso de veículos alugados para os crimes.

Foram encontrados com um dos homens, além de seus objetos pessoais, celulares, R$ 867, 3.679 euros, 256 dólares americanos e 100 dracmas. Todos os objetos e os investigados foram levados para a DIG, onde o delegado Leonardo Burguer determinou a prisão de ambos por associação criminosa, bem como representou pela prisão preventiva.

No mesmo dia, o promotor Rodrigo Alves De Araújo Fiusa representou na Justiça pela encaminhamento dos autos, inclusive da avaliação da prisão em flagrante, para a Comarca de Itapetininga. O juiz Wander Benassi Junior, da 3ª Vara Criminal, converteu a prisão em flagrante em preventiva. “Há indícios suficientes de autoria, pressupostos legais para decretação da prisão preventiva”, justificou. O magistrado também acolheu pedido do Ministério Público para remeter os autos à Comarca de Itapetininga, local em que foi cometido o crime de maior gravidade.

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