L.C.S., 56 anos, morador do Jardim Paineiras em Limeira, trabalhador de fundição, registrou um boletim de ocorrência neste sábado (7) por constrangimento ilegal contra estabelecimento comercial, da região central, onde teve de tirar as roupas para provar que não estava levando nada embora sem pagar.
O fato aconteceu no início da noite de sexta-feira (6) e dezenas de pessoas presenciaram e filmaram. Nas imagens, o homem aparece chorando e os que estavam ao redor, indignados.
Orientado por advogados, inclusive dois deles presenciaram a cena, o homem foi à polícia. Contou que, ao sair do supermercado, onde diz que foi ver preços, foi abordado por seguranças que, inicialmente, pediram para ele tirar a blusa. Depois, “teve de tirar toda a roupa na frente das pessoas”, consta no boletim de ocorrência. O homem chegou a mostrar as cuecas, conforme relato.
Apenas após esta situação o homem foi liberado. Ele contou ao DJ o que passou e disse que outras pessoas também saíram do supermercado sem comprar nada e não foram abordadas como ele.
O homem acredita que pode ter sido abordado desta forma por ser negro e pretende levar o caso até o Judiciário. Estão à frente do caso os advogados Diego Souza e Ana Marta Barreto.
Registrado como constrangimento ilegal consumado, o artigo 146 do Código Penal diz que, constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, o que não foi o caso, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda: Pena – detenção, de três meses a um ano, ou multa.
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