Condenado em Cordeirópolis motorista de Corsa que tinha porta-malas “recheado” de drogas

A Justiça de Cordeirópolis condenou na última terça-feira (22) O.C.C. pelo crime de tráfico de entorpecentes. Em junho do ano passado, ele foi surpreendido pela Polícia Militar Rodoviária dirigindo um automóvel Corsa com o porta-malas “recheado” de entorpecentes.

A abordagem do réu ocorreu na Rodovia Anhanguera, altura do bairro Santa Tereza, em Cordeirópolis, e os policiais perceberam que ele estava apreensivo. Questionado, O. confessou que transportava entorpecentes no porta-malas do automóvel, onde foram localizados 43 quilos de maconha divididos em 55 tijolos, acondicionados em caixa coberta por um cobertor.

Na ocasião, o motorista disse que receberia R$ 2 mil para levar a droga de Campinas para Porto Ferreira, mas não informou quem receberia a maconha. Ele foi autuado em flagrante e denunciado pelo promotor André Perche Luke, no mês seguinte, por tráfico de entorpecentes. Em juízo, o réu manteve sua versão e a defesa pediu o reconhecimento da confissão para amenizar a pena.

A ação penal tramitou na Vara Única de Cordeirópolis e foi julgada pelo juiz Luiz Gustavo Primon. Para o magistrado, a materialidade e a autoria foram comprovadas. “O acusado, em seu interrogatório, confessou a prática do delito, asseverando que iria transportar as drogas para Porto Ferreira, mediante o recebimento do valor de R$ 2 mil. Anteriormente havia cumprido pena pelo crime de tráfico de drogas e estava em regime aberto. Passava por dificuldades financeiras na época e por isso aceitou fazer o transporte. A quantidade e a forma de acondicionamento das drogas encontradas deixam claro que as substâncias destinavam-se para a venda. O próprio acusado confessou o transporte, indicando, ainda, para onde as drogas seriam levadas. De se destacar, ademais, que as condutas de ‘guardar’ e ‘transportar’ entorpecentes encontram respaldo no núcleo do tipo previsto no artigo. 33 da Lei nº 11.343/06, restando figura típica”, citou na sentença.

O réu foi condenado à pena de 6 anos e 3 meses de reclusão em regime inicial fechado. Cabe recurso à decisão.