A Prefeitura de Iracemápolis avalia formas para recuperação de alunos que enfrentam dificuldades no aprendizado. Em resposta à Câmara Municipal, o Executivo confirmou a suspensão do reforço escolar que era oferecido aos estudantes da rede municipal de ensino no contraturno até 2019. Agora, novas ferramentas estão em estudo.
Em ofício aos vereadores da bancada independente, a diretora municipal de Educação, Vilcéia Salvino da Silva Corrêa, esclareceu que as atividades de reforço ocorriam em período oposto ao das aulas nas escolas do ensino fundamental até 2019. Elas eram oferecidas para alunos com extrema defasagem no processo de aprendizagem e não tinham caráter extracurricular.
Vilceia explicou aos parlamentares que a pandemia de Covid-19, decretada em março de 2020, provocou a suspensão das aulas presenciais e ampliou os desafios às escolas, professores e famílias. O período de restrição, segundo ela, “certamente fez aumentar a defasagem no processo de aprendizagem dos alunos”.
Com o retorno total dos alunos às aulas presenciais em 2022, a Coordenadoria Municipal da Educação traça um planejamento para recomposição curricular ao longo do ano letivo. O primeiro passo, após o acolhimento das crianças com atividades diferenciadas e escutas, é a realização das avaliações, que vão detectar as dificuldades dos alunos. “Não há como melhorar sem avaliar o que necessita ser melhorado”, lembra Vilcéia.
Para alunos do 1º e 2º anos do ensino fundamental, Iracemápolis aderiu ao programa Tempo de Aprender, do Ministério da Educação (MEC), e lançou edital para selecionar auxiliares de alfabetização. Eles vão trabalhar em conjunto com os professores para melhorar os resultados e a alfabetização das crianças.
Para os 3º, 4º e 5º anos, a Coordenadoria participa de reuniões com a Diretoria Regional de Ensino de Limeira para verificar a possibilidade de uma parceria no projeto de recuperação. Resolução da Secretaria de Estado da Educação, de fevereiro deste ano, prevê oferta de auxílio na sala de aula junto com o professor.
“Todos os alunos sofreram com a suspensão de aulas presenciais e a demanda para recomposição dos currículos é grande. Diante disso e conforme as orientações da Secretaria de Estado da Educação, a recuperação paralela é o melhor caminho para atender a todos os alunos e suprir as necessidades de aprendizagem”, esclareceu a diretora aos parlamentares.
Foto: Pixabay
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