Caso de mãe de Limeira que deu chinelada em filho para cobrá-lo nos estudos chega à Justiça

O caso de uma mãe de 46 anos que deu uma chinelada na próprio filho, provocando lesões, chegou à Justiça de Limeira. O Ministério Público (MP) solicitou a folha de antecedentes criminais da mulher e, no último dia 14, já propôs, caso ela não seja reincidente, uma oferta de transação penal no valor de R$ 300 para que o episódio seja encerrado sem abertura de processo.

O caso ocorreu em setembro de 2020, no Jd. Morro Azul. O pai de um adolescente, que tinha 13 anos na época, relatou à Polícia Civil que o filho morava com a mãe – o casal está separado. O menino passou a enviar áudios e mensagens para a amásia do pai dizendo que a mãe estava agressiva.

Segundo o filho, a mãe utilizou o chinelo e tentou acertá-lo várias vezes, sendo que, em uma delas, atingiu o braço esquerdo do adolescente, provocando lesões. À polícia, o adolescente contou que se dá bem com a mãe e ela o cobra nos estudos, o que ele não gosta muito. Ele relatou que entendeu a chinelada por conta de “correção” para cobrá-lo dos estudos e, depois do ocorrido, até melhorou seu comportamento.

A mãe relatou à Polícia Civil que 2020 foi um ano atípico por conta da pandemia e das aulas online e “pega no pé” do filho em relação às atividades escolares. Naquele dia, já sem paciência, ela deu-lhe uma chinelada no braço esquerdo. Segundo ela, o filho teve o dia inteiro para realizar a atividade escolar, já passava das 20h e, quando foi lhe cobrar, o menino teria sido ríspido com ela, o que a fez perder a paciência.

Ela negou ter o hábito de agredir o filho, apenas disse ser rígida em relação aos estudos. O adolescente passou por exames médicos, que constataram lesão de natureza leve. Após ouvir os envolvidos, a Polícia Civil encaminhou o relatório ao Ministério Público.

O promotor Daniel Fontana decidiu oferecer proposta de transação penal à mãe, consistente no valor de R$ 300 a ser destinada ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FMDCA). Caso ela não seja reincidente, o MP deve manter a proposta e pediu audiência preliminar para que a mãe aceite ou não. Se o fizer, o caso será encerrado após o pagamento e não haverá processo. Caso recuse, o MP pode, se assim entender, oferecer denúncia criminal à Justiça.

Foto: Pixabay

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