por Fernando Bryan Frizzarin
Até parece uma provocação, e é! Se você está cansado de ouvir sempre as mesmas músicas quando liga o rádio, sintoniza algum canal de televisão ou procura por uma indicação automática em algum aplicativo de música, saiba que você pode, sim, criar suas próprias músicas.
E é fácil! Vou explicar:
A inteligência artificial está aí e deve ser usada. Se a IA tivesse sido criada na época áurea dos gregos, haveria lendas com jornadas épicas, algumas batalhas, traições e muita ajuda dos deuses do Olimpo para explicar que, cansados das limitações intelectuais da grande maioria da humanidade e padecendo de nós mortais, os deuses criaram máquinas capazes de imitar o comportamento do intelecto humano.
Mas como ela foi criada há pouco mais de 50 anos, numa época em que a ciência tenta imperar, ficamos só discutindo como funciona e quais os problemas que ela pode causar, ao invés de nos maravilharmos e usarmos.
Não faz muito tempo que descobri o Suno.AI (https://app.suno.ai).
Suno. AI é um site que opera uma inteligência artificial capaz de criar músicas a partir de um estímulo humano, mais ou menos como o ChatGPT faz.
Você pode ir lá e escrever, por exemplo, “faça uma música no ritmo pop-dance que fale sobre as dificuldades que os alunos enfrentam nas aulas de programação com linguagem JAVA e que incentive eles a estudar”.
Clica em criar. Entra na sua conta do Google ou Microsoft. Espera um pouquinho, e cham:
Seja bem-vindo às aulas de JAVA
O mundo da programação te chama
Linhas de código, cheias de desafios
Mas não se preocupe, nós vencemos juntos
[Refrão]
Oh, oh, oh, as linhas de JAVA
Nosso amor e nossa dor, a gente encara
Compilar e executar, às vezes errar
Mas no final, tudo vale a pena alcançar
Os erros surgem, é normal se perder
Mas tenha paciência, você vai entender
Métodos, classes, objetos a criar
JAVA pode complicar, mas a gente vai suportar
Ouça em https://youtu.be/IA7KlLWWspo
E o melhor, você (eu também) pode colocar em qualquer plataforma, fazer propaganda e ganhar algum, ou muito, dinheiro com isso!
Mal consigo me conter em imaginar quão diverso e grande podem ser os ritmos e quão criativos serão as letras. Vou adorar ligar o rádio e viajar ouvindo algo sobre viagens intergalácticas, viagens no tempo e não mais a dor de ser traído ou que tudo tem que ser festa.
Invejosos dirão que o direito intelectual não é seu, mas é sim! Garanto.
Se não fosse o estímulo que você imputou no site para que a inteligência artificial trabalhasse, baseando-se na sua criatividade, exclusiva e personalíssima, essa música não existiria.
E corra! Aproveite que nenhum dinossauro político criou uma legislação que possa limitar ou impedir que isso seja feito a partir do lobby da indústria fonográfica, que, convenhamos, nem existe mais como no passado. É passado.
O artista dá grande valor aos shows porque gosta do glamour, do oba-oba e de ser o centro das atenções. O que realmente importa é que a maior parte dos ganhos vem das execuções em rádios e plataformas digitais.
Aproveite. Você nem precisa ser cantor para ganhar dinheiro com música ou simplesmente curtir sua criatividade.
Bem-vindo a uma nova era e realize seu sonho de ser um pop star.
Fernando Bryan Frizzarin é professor, escritor, inventor, é Gerente do Suporte Técnico da BluePex Cybersecurity S/A, Diretor Técnico e Operacional na Fábrica de Inovação de Limeira e professor do ensino superior nas FATECs Araras e Americana, SP. Formado em Ciência da Computação, Especialista em Redes, Psicopedagogo e MBA em Gestão Estratégica da Tecnologia da Informação. Autor, coautor ou participante de vários livros na área de computação e literatura. Depositário de patente, marca e de diversos registros de programas de computador como autor ou coautor em cooperação com colegas de trabalho ou alunos. Membro imortal da Academia Mundial de Letras da Humanidade sucursal Limeira, SP. Foi laureado com o Diploma Pérola Byington da Câmara Municipal de Santa Bárbara d’Oeste e Professor Universitário Inovador da Câmara Municipal de Limeira.
Os artigos assinados representam a opinião do(a) autor(a) e não o pensamento do DJ, que pode deles discordar
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