Autorizada por motorista na preferencial, mulher avança “pare”, bate em moto e é processada

Num cruzamento, o veículo que tinha a preferencial permitiu a passagem de outro que aguardava no “pare”. No entanto, uma motociclista que também estava na via sem parada obrigatória colidiu contra o veículo que fazia a travessia. Essa situação ocorreu em Limeira no cruzamento das ruas Alferes Franco e Tenente Belizário, no Centro, e a mulher que conduzia a moto processou a motorista do automóvel que avançou o “pare”. O caso teve sentença no dia 24 deste mês.

A motociclista alegou que, após a colisão, teve danos materiais para consertar o veículo e comprar medicamentos e danos morais, também pediu à Justiça o reconhecimento de lucros cessantes. Além dos ferimentos, afirmou ter tido abalo psicológico.

A condutora do carro atribuiu culpa a motociclista. Afirmou que parou o automóvel para dar preferência aos veículos da outra via, mas que a autora colidiu contra seu automóvel porque ultrapassava o carro que liberou a passagem. “O acidente ocorreu por má condução da requerente da sua motocicleta, com uma conduta negligente”, defendeu-se.

A ação tramitou na 4ª Vara Cível de Limeira e foi julgada pela juíza Graziela da Silva Nery Rocha e, para a magistrada, apesar de o motorista que estava na preferencial ter concedido a passagem, a condutora avançou a preferencial da motocicleta. “O fato [não comprovado] de um terceiro veículo ter dado passagem à requerida não elide sua responsabilidade pela colisão. Ora, trafegando a autora pela via preferencial, não se poderia dela exigir que soubesse da autorização de passagem eventualmente dada por terceiro. Diante das circunstâncias, presentes os requisitos: conduta voluntária; culpa [negligência, imprudência e imperícia]; nexo causal entre a conduta e o resultado; e o resultado danoso, é fato certo a responsabilidade da requerida sobre o resultado danoso”, mencionou na sentença.

A motorista foi condenada a indenizar a autora em R$ 1.466 referentes ao conserto da motocicleta, além de R$190,19 dos gastos com medicamento, e indenização de R$ 5 mil por danos morais. Os lucros cessantes não foram acolhidos e cabe recurso contra a sentença.

Foto: Google Maps

Deixe uma resposta

Your email address will not be published.

error: Conteúdo protegido por direitos autorais.