“Amiga” deixa mulher usar celular e pega dados de cartão para fazer compras em Limeira

Uma amizade de baladas e até ajuda em vaga de emprego terminou em caso de estelionato em Limeira. No final de setembro, a Justiça atendeu pedido do Ministério Público (MP) e extinguiu a punibilidade de uma investigada que fechou e cumpriu acordo para evitar a abertura de ação penal. Ela usou o cartão da colega para fazer compras.

Em abril de 2021, a vítima relatou à Polícia Civil que começou a trabalhar em uma empresa por indicação de uma antiga conhecida. Certa vez, ela não conseguia baixar aplicativos em seu celular e pediu para usar o aparelho desta conhecida para acessar o aplicativo do banco, com o objetivo de checar se o salário havia caído. O acesso ocorreu em janeiro daquele ano.

Dois meses depois, ela recebeu a fatura do cartão e se surpreendeu. Desconfiou que alguém usou um cartão online em seu nome, vinculado ao cartão bancário, para fazer compras em diversos estabelecimentos, além de transferências via PIX. Ela procurou alguns dos comércios em questão e descobriu que o nome do contato que aparecia nas conversas comerciais era o da amiga.

Em conversa com o gerente do banco, ela foi informada que três aparelhos celulares diferentes haviam acessado sua conta, mas apenas uma estava habilitada para fazer as compras. Era o mesmo modelo de aparelho que a vítima tinha utilizado da amiga. E o primeiro acesso tinha sido naquele mesmo dia do “empréstimo” para checagem do salário.

A investigada relatou à polícia que conhecia a vítima e costumavam ir a baladas juntas, até arrumando emprego para ela. Negou ter feito as movimentações financeiras e disse que alguém usou seu celular para isso, chegando a registrar boletim de ocorrência. A vítima, porém, tinha colhido uma forte evidência: a dona de um dos estabelecimentos mostrou o vestido que havia sido comprado com aquele cartão. Nas redes sociais, a vítima encontrou a foto da amiga com o mesmo vestido. Sobre isso, a suspeita confirmou que ela havia adquirido a roupa.

O caso foi investigado como estelionato e o prejuízo total da vítima foi de R$ 564. Em novembro de 2022, o promotor Renato Fanin propôs acordo de não persecução penal. Em junho deste ano, a mulher aceitou a proposta e admitiu o crime. Ela se comprometeu a pagar um salário mínimo para entidade assistencial. O comprovante foi apresentado no mês passado. Desta forma, o caso foi encerrado pelo juiz da 3ª Vara Criminal de Limeira, Rafael da Cruz Gouveia Linardi, sem necessidade de ação penal.

Foto: Freepik

Deixe uma resposta

Your email address will not be published.

error: Conteúdo protegido por direitos autorais.