por Leonardo Bueno Matioli
O vazamento de dados pessoais tem se tornado algo cada vez mais comum no dia a dia das empresas, desde as gigantes da tecnologia e bancos até os pequenos empreendedores e, seguindo uma tendência mundial de proteção dos dados pessoais, o Brasil aprovou em 2018 a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), a qual entrou em vigor totalmente em agosto de 2021.
A legislação brasileira, em certa medida, já previa mecanismos de proteção aos dados pessoais, entretanto, de maneira muito tímida e não correspondia com as verdadeiras necessidades do mundo moderno em que vivemos, uma vez que a maioria das previsões surgiram na época da ditadura militar, como o Habeas Data, para termos acesso a todas as informações pessoais mantidas pelos órgãos públicos ou particulares com finalidade pública.
Um estudo recente, produzido pela empresa de segurança cibernética Surfshark elencou os países que tiveram o maior número de usuários com dados violados no segundo trimestre de 2022, sendo que o Brasil ficou em terceiro lugar, atrás apenas de Rússia e India, superando os Estados Unidos.
Somente nos meses de abril a junho, cerca de 3,2 milhões de brasileiros tiveram seus dados pessoais violados, ou seja, 1,5% da população do Brasil, em um espaço de três meses, tiveram alguma informação vazada.
Ainda, o mesmo relatório estima que desde 2004, quando as violações de dados se espalharam, 15,1 bilhões de contas vazaram no mundo todo, sendo que 244,4 milhões de contas pertencem a usuários brasileiros, ou seja, em um período de 20 anos, vazaram mais dados pessoais do que a própria população do Brasil, uma vez que, de acordo com o IBGE, a população brasileira, em 21 de julho de 2022, está estimada em 214,8 milhões de habitantes.
Por outro lado, cerca de 45% das empresas brasileiras, de acordo com o estudo divulgado pela PwC, estimam um aumento de 10% ou mais nos investimentos em segurança de dados, ante 26% no mundo!
Não restam dúvidas que a proteção de dados é um assunto urgente e que merece ser vista com outros olhos pelas empresas, inclusive por aquelas que atuam no sistema B2B, ou seja, diretamente com outras corporações, e não só por quem tem seu negócio pautado no consumidor final, pessoa física.
Como eu gosto sempre de falar para os clientes da HOPT Consultoria em Proteção de Dados: um vazamento de dados pode gerar uma multa alta, mas é dinheiro, a empresa vai continuar rodando e mais cedo ou mais tarde, vocês irão recuperar esse valor, mas e a sua marca, o quanto ela vale?
A perda de reputação, para uma empresa, muitas vezes é mais prejudicial do que a própria penalidade financeira, podendo levá-lo à falência por um problema que poderia facilmente ter sido evitado ao se contratar uma consultoria especializada em proteção de dados.
Na HOPT Consultoria em Proteção de Dados somos especialistas em adequação e conformidade à Lei Geral de Proteção de Dados, contando com profissionais da área jurídica e de segurança da informação para oferecer a melhor e mais completa solução em privacidade e proteção de dados.
Vamos tomar um café e conversar sobre o quanto a sua empresa pode ganhar em confiança e competividade no mercado por estar adequada à LGPD?
Leonardo Bueno Matioli é advogado e consultor em proteção de dados, bacharel em Direito pelo Instituto Superior de Ciências Aplicadas de Limeira e pós-graduado em Direito Civil e Processo Civil pela Faculdade Legale.
Instagram: @oleonardomatioli
LinkedIn: Leonardo Bueno Matioli
Os artigos assinados representam a opinião do(a) autor(a) e não o pensamento do DJ, que pode deles discordar
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