Qualidade do ar em Limeira e região está classificada como “ruim” pela Cetesb

Último boletim emitido pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), nesta quarta-feira (25), aponta a qualidade do ar em Limeira e região como “ruim”, numa escala com índices que vai de “boa”, “moderada”, “ruim”, “muito ruim” e “péssima”.

O boletim apresenta um resumo das condições da poluição atmosférica das 24 horas anteriores e uma previsão meteorológica das condições de dispersão dos poluentes para as 24 horas seguintes. Tempo seco e queimadas são possivelmente os principais influenciadores para a condição. Nesta semana, o Ministério Público pediu informações dos órgãos fiscalizadores sobre os responsáveis por queimadas.

De acordo com a Cetesb, nos locais onde a qualidade do ar no momento está “ruim” ou “muito ruim” recomenda-se evitar esforço físico ao ar livre. Além disso, levando em conta a baixa umidade relativa do ar, recomenda-se que a população se mantenha hidratada, umidifique os ambientes internos e sempre que possível permaneça, no período das 11h às 16h, em locais protegidos do sol ou em áreas arborizadas.

Ainda conforme a Cetesb, o Estado de São Paulo passa por um período de estiagem prolongado. Na Região Metropolitana de São Paulo o último registro de chuva significativa foi em 29 de julho 2021.

Na época de inverno, além da ausência de chuvas são comuns ventos fracos, calmaria e inversões térmicas de baixa altitude que dificultam a dispersão dos poluentes atmosféricos.

Há previsão de entrada de uma frente fria na sexta-feira (27), diz o órgão, que é quando poderá ocorrer uma maior ventilação, havendo também possibilidade de chuva, o que deve provocar uma melhora na qualidade do ar.

Pneumologista dá dicas de como enfrentar o tempo seco e manter a saúde

Neste período do ano, a redução da umidade do ar pode causar complicações para a saúde, como o agravamento de sintomas respiratórios. A situação pode piorar onde a população sofre com queimadas devido à fumaça e fuligem.

João Carlos Rodrigues de Almeida, pneumologista da Medical, uma empresa do Sistema Hapvida, explica que respirar ar seco pode piorar doenças respiratórias, como asma, bronquite, sinusite, predispor a infecções virais e bacterianas e também causar desidratação. “Além do ar seco, as queimadas poluem o ar com material sólido que agrava muito mais os efeitos nocivos da baixa umidade”.

Os que mais sofrem neste período são as crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias crônicas, como asma e outras doenças pulmonares obstrutivas crônicas.
No contexto da Covid-19, o médico explica que a piora de doenças respiratórias crônicas pode acarretar dúvida no paciente. “Assim, se os sintomas forem diferentes daqueles que o paciente já viveu em outras exacerbações de sua doença, a suspeita de Covid-19 deve ser valorizada, principalmente na vigência de sintomas mais comumente associados a esta doença, como perda do paladar ou olfato, febre, dores musculares e cefaleia intensa. Nesses casos, deve-se procurar assistência médica”, alerta.

Para amenizar esta situação, o médico deu algumas dicas:

– Lave as mãos com frequência e evite colocá-las na boca e no nariz;
– Procure manter o corpo sempre bem hidratado, especialmente crianças, idosos e os doentes;
– Aplique soro fisiológico no nariz e nos olhos para evitar o ressecamento;
– Evite fazer exercícios nas horas mais quentes do dia.

Em casa

– Toalhas molhadas, recipientes com água ou vaporizadores no ambiente, principalmente nos quartos, podem ajudar;
– Evite aglomerações e a permanência prolongada em ambientes fechados ou com ar condicionado, pois o ressecamento das mucosas aumenta o risco de infecções oportunistas das vias aéreas;
– Mantenha a casa sempre limpa e arejada;
– Não queime lixo e nem provoque queimadas por descuido ou desatenção.

Foto em destaque: Wagner Morente

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