A Prefeitura de Limeira informou à Câmara que apenas para limpeza e remoção de lixo ou entulho descartado de forma irregular na área do antigo aeródromo, no bairro Ernesto Kühl, gastou R$ 202.577 nos últimos 3 anos. O valor considera as horas trabalhadas de retroescavadeira, pá-carregadeira e caminhões basculantes, que levam todo o resíduo até o Aterro Sanitário Municipal.
As informações foram prestadas pelas secretarias de Obras e Serviços e de Urbanismo em resposta de requerimento feito pelo vereador José Eduardo Monteiro Junior (PV), Ju Negão.
Foi ressaltado que a área total possui mais de 70 mil m2 e, além do gasto com limpeza, há o custo de manutenção, que foi de aproximadamente R$ 85 mil no mesmo período. “Os serviços de capinação são efetuados de duas a três vezes por ano, ou em função da necessidade, atendendo ainda às denúncias/reclamações realizadas por munícipes através do canal 156”.
A pasta de Urbanismo esclareceu que a área é dominial e que atualmente está em processo de retificação junto ao Cartório de Registro de Imóveis para posterior decisão quanto aos futuros projetos.
Projeto de moradia para o local
Ao DJ, a Prefeitura de Limeira informou, por meio de nota, que a destinação do local será habitacional, “o que manterá a vocação da região. A ideia é atender famílias de baixa renda, com a construção de moradias, através de parceria com a iniciativa privada. Alternativas estão em estudo”.
Na gestão do então prefeito Paulo Hadich (PSB), chegou a ser anunciado, em 2015, que o local receberia um bairro em toda sua área e a construção de um hospital público por meio de parceria público privada (PPP). Logo no início do primeiro mandato de Mario Botion (PSD), em 2017, a ideia foi descartada e foi divulgado que a área seria vendida pela Prefeitura e o dinheiro arrecadado destinado a um fundo de desenvolvimento urbano.
Em 2018, a Justiça de Limeira concedeu interdito proibitório contra o Movimento Popular de Limeira e o Movimento dos Sem Casa (MSC) que proibia a invasão de áreas pertencentes ao município. À época, a Prefeitura informou que a área abrigaria um projeto de unidades habitacionais e, por isso, foi declarada de utilidade pública naquele ano.
Há anos, os moradores do entorno sofrem com o descarte de lixo irregular na área e cobram solução do Município.
Foto: Reprodução/EPTV
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