“Potencial de contaminação de festas clandestinas é terrível”, diz Vigilância em Saúde de Limeira

A Comissão de Saúde, Lazer, Esporte e Turismo da Câmara de Limeira recebeu representantes de bares e restaurantes durante a reunião desta quinta-feira (18/02) e, durante as discussões, o diretor de Vigilância em Saúde, Alexandre Ferrari, declarou que as festas clandestinas é que são um problema muito preocupante.

“Essa questão das festas nos traz muita preocupação. Nos bares e restaurantes, eu enxergo como manter os protocolos de segurança, já numa chácara não, por exemplo. O potencial de contaminação dessas festas clandestinas é terrível. Nós tivemos dezenas e dezenas de festas clandestinas no carnaval; coibimos a maioria. Mas há outras que não conseguimos inibir na totalidade, mesmo reunindo boa parte da força policial”, descreveu Ferrari, ao relatar a dificuldade em identificar os eventos clandestinos.

Na reunião, os comerciantes relataram os prejuízos acumulados por conta das restrições de horário de funcionamento impostas ao segmento pelo Plano São Paulo. Os estabelecimentos são obrigados a fechar às 20h, devido à pandemia de coronavírus.

Os comerciantes citaram o peso das contas que precisam ser pagas em um cenário de limitações de trabalho. “Nosso setor movimenta bastante a economia da cidade. Permitir o funcionamento somente até 20h torna inviável o nosso trabalho, tendo em vista que os nossos clientes chegam nesse horário. O resultado disso é a perda de CNPJ e demissões. As contas são fixas, o aluguel não tem negociação, assim como água e a energia; só que a nossa carga de trabalho está reduzida”, relatou um dos representantes, Felipe Piccinin Rossatti.

Outro ponto também abordado foi a maneira como são conduzidas as ações fiscalizatórias na cidade. “Temos sofrido com a fiscalização, que faz o seu trabalho e a gente apoia, porém poderia ter um bom senso com relação aos locais que respeitam os protocolos. Ou seja, fecham aquele estabelecimento que está atendendo os protocolos e é seguro, enquanto outros clandestinos acabam se beneficiando e são locais de maior proliferação dos vírus. É aí que temos que chegar a um consenso para que possamos apenas trabalhar”, defendeu o comerciante.

Diálogo

Durante a reunião, também foi convidado secretário de Segurança Pública do município, Francisco Alves da Silva. Ele e Ferrari, de acordo com a nota da Câmara, demonstraram sensibilidade e solidariedade aos relatos dos comerciantes, contudo justificaram que o município não pode flexibilizar medidas impostas pelo Governo do Estado, sob risco de a Prefeitura sofrer ações no campo judicial.

“Pelo princípio da legalidade, nós temos que cumprir as medidas. O estabelecimento está sujeito a multa e nós também somos fiscalizados, sob pena de responder por crime de responsabilidade”, explicou Alexandre Ferrari, destacando que a atuação do Município é engessada pelas imposições do Plano São Paulo.

O presidente da Comissão de Saúde, vereador Everton Ferreira (PSD), informou que o colegiado vai solicitar à Presidência da Casa que sejam elaborados ofício e moção de apelo para que pleito da categoria em Limeira chegue ao Governo do Estado e ao Ministério Público. Integram a Comissão os vereadores Marco Xavier (Cidadania) e Lu Bogo (PL). Também estiveram presentes na reunião o presidente da Câmara, Sidney Pascotto, Lemão da Jeová Rafá (PSC), e o vereador Dr Júlio (DEM).

Com informações da Câmara de Limeira

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