A Polícia Civil de Cordeirópolis apura um crime que, por pouco, não terminou em morte. Nesta quinta-feira (4), agentes da Guarda Civil Municipal detiveram um ajudante de motorista após ele esfaquear o caminhoneiro do veículo onde eles estavam. Inicialmente, a motivação do golpe seria porque a vítima recusou pedido de casamento do suspeito, que alega ter problemas mentais.
O esfaqueamento ocorreu na Rodovia Washington Luiz com o caminhão conduzido pela vítima em movimento. De acordo com o motorista, o suspeito o golpeou no pescoço e, mesmo ferido, ele conseguiu parar o veículo, houve embate corporal entre ambos e, em seguida, seu auxiliar fugiu com o caminhão, até ser detido pela GCM, enquanto que o caminhoneiro foi socorrido.
Apesar de o crime ter ocorrido hoje, a vítima acredita que trata-se de consequência de um pedido de casamento recusado há algum tempo. Ele informou aos policiais que em novembro do ano passado resolveu ir para a Espanha com a família tentar um trabalho. Na ocasião, trabalhava na transportadora junto com o ajudante e pediu R$ 2,5 mil emprestados.
Há alguns meses, o motorista retornou do exterior e voltou a trabalhar na mesma empresa, onde encontrou o ajudante novamente. Há aproximadamente um mês, conforme a vítima, o suspeito o pediu em casamento, mas o caminhoneiro negou porque afirmou ser heterossexual e possuir família. Desde a recusa, o rapaz passou a cobrar com maior incidência o dinheiro emprestado.
Nesta quinta-feira, os dois saíram para trabalhar com o caminhão e, num posto de combustível em Americana, o caminhoneiro percebeu que uma faca que ele deixava sobre o aparelho de som tinha sumido. Ambos continuaram o trajeto e, no percurso, houve o ataque à vítima.
Em depoimento informal, o suspeito confessou o esfaqueamento e alegou que tem problemas mentais, mas não soube informar quais eram. Ele deverá ser ouvido novamente durante o inquérito policial e o delegado Leonardo Burguer determinou seu indiciamento, bem como prisão em flagrante, pelo crime de tentativa de homicídio.
O rapaz preso também tinha ferimentos, mas o delegado não responsabilizou o motorista por entender que houve legítima defesa. O caso segue sob investigação.
Foto: Pixabay
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