A pandemia de Covid-19 está grave para todos de alguma forma: empresas, comércio, desempregados, os internados, os parentes e amigos deles, mas é ainda pior para famílias inteiras em situação grave nos hospitais, como um pai, uma mãe e um filho de Limeira.
A informação foi relatada pelo prefeito Mario Botion (PSD) em coletiva realizada no início da tarde desta terça-feira (8). Enquanto explicava sobre um novo decreto, que endurece as regras para tentar evitar transmissões do vírus, Botion disse que quatro pessoas da mesma família estavam intubadas neste momento.
O DJ apurou que são três, o que não minimiza o impacto e o sofrimento do restante dos familiares. A intenção não é saber e expor como foram contaminados e nem a identidade deles. O fato é que uma família inteira luta para voltar a respirar sem ajuda de aparelhos.
A reportagem também apurou que não é a primeira vez que mais de uma pessoa da mesma família é internada ao mesmo tempo. Não é incomum.
Mãe internada morre e filho, na visita, tem infarto pós-Covid
Um outro triste caso envolvendo família em Limeira, ocorrido recentemente na Unidade de Referência Coronavírus (URC), é de uma mãe que estava intubada. O filho já tinha passado pela doença e, junto com o pai, levou pertences à mulher. Neste momento, o filho infartou. Morreu por infarte pós-Covid.
A mãe, que já estava em estado grave, também morreu. O pai acabou internado também. Não há confirmação se ele foi intubado.
Pai é internado e dois filhos morrem
Outra situação ocorrida também em Limeira foi no final do mês passado. O pai, com Covid, foi internado. Dois filhos também foram internados e intubados. O pai conseguiu superar e teve alta hospitalar. Os dois filhos morreram.
Pai e filha morrem com 2 dias de diferença
Outra família limeirense se despedaçou na semana passada com a morte de dois integrantes em apenas dois dias. A filha, de 39 anos, morreu de Covid-19. O pai também não resistiu aos sintomas e faleceu na sexta-feira.
O pior momento da pandemia
Esta é a síntese do pior momento da pandemia. “De novo é o pior momento da pandemia?”. Sim. Quando a pandemia de coronavírus foi declarada em março de 2020, já era grave. Piorou entre julho e agosto, e foi o pior momento da pandemia. Em janeiro, começou a ficar ainda mais grave e, agora, a situação é considerada por autoridades de saúde a mais crítica.
Prova disso são todos os hospitais lotados, e os relatos de sofrimento são incontáveis. A URC está há mais de 15 dias com 100% de ocupação, o que obrigou a expansão das internações pelo SUS na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Abílio Pedro, sem contar a Santa Casa de Limeira, que também está no limite, e em muitas vezes ultrapassou.
Neste tempo de pandemia, apesar de terem sofrido demais com as restrições impostas pelo Plano SP, foi evidenciado que os comércios não são os principais locais de transmissão, como avalia a Prefeitura, embora devem respeitar todas as regras para que não se tornem. É nos locais de lazer, como bares, festas familiares e clandestinas que a velocidade da contaminação é potencializada.
O dono do bar precisa sobreviver, e muitas vezes segue as regras. O problema é quando os consumidores abusam, aglomeram e é ele que paga por isso, como a partir de hoje, com o decreto que manda todos os bares de Limeira fecharem as portas a partir das 18h em Limeira. O DJ detalhou as novas regras válidas a partir de hoje (veja aqui).
Para que cada vez menos famílias inteiras sejam acometidas, fiquem entre a vida e a morte, o pedido é para que todos se conscientizem, sem festas, sem qualquer tipo de aglomeração e usem máscara. Pagar multa, embora estejam pesadas, é o de menos.
Foto: Pixabay
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