Limeirense que ofereceu R$ 50 mil a guardas para não ser preso é condenado por corrupção

Preso por agredir sua companheira e guardar entorpecentes em sua residência, C.B.C. complicou ainda mais sua situação no Judiciário ao oferecer suborno aos guardas municipais que atenderam a ocorrência. No último dia 19, ele foi sentenciado pela Justiça de Limeira a 8 anos e 4 meses de reclusão pelos três crimes: lesão corporal, tráfico de drogas e corrupção ativa.

O caso ocorreu em maio de 2020 no Parque João Ometto, região do Jd. Olga Veroni, zona leste de Limeira. A GCM fazia patrulhamento quando foi acionada pela mulher, que apresentava ferimentos. Ela alegou que havia sido agredida pelo companheiro e indicou a residência. O acusado dormia no momento.

A vítima não foi ouvida em juízo, mas sua versão na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) foi confirmada pelos guardas. Naquela madrugada, C. chegou embriagado em casa e, ao ser questionada pela companheira, passou a agredi-la com socos, golpes com barra de ferro e puxões de cabelo. O réu admitiu que agrediu após a mulher ter iniciado o conflito.

Quando entraram na residência, os GCMs encontraram uma panela com resquícios de cocaína, em cima do fogão, duas balanças de precisão e mais R$ 2 mil em dinheiro. Em cima do telhado e em outros locais da casa, também foram achadas, no total, duas porções grandes de cocaína. Sobre o dinheiro, o acusado disse que vinha de uma rescisão trabalhista. Negou saber da existência da droga no telhado.

Mas não ficou nisso. Quando as drogas foram encontradas, C. ofereceu R$ 40 mil aos guardas para que não fosse preso. Depois, aumentou a oferta para R$ 50 mil, dizendo que arrumaria o dinheiro no prazo de 10 dias. Embora o réu tenha negado o ato de corrupção, a juíza Graziela da Silva Nery entendeu que os depoimentos dos GCMs foram unânimes e convenceram da prática delitiva.

A pena de 8 anos e 4 meses de reclusão, soma dos três crimes, deverá ser cumprida em regime inicial fechado, mas o réu pode recorrer em liberdade, condição na qual respondeu ao processo.

Foto: Reprodução

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