Limeira deve apostar em ampliação de represas para combater futuras crises hídricas

Como solução a longo prazo para combater a escassez de água em crises hídricas futuras, Limeira deve apostar em um projeto de intervenções em suas próprias represas para aumentar a capacidade de reservar água. Pelos estudos iniciais, trata-se de uma possibilidade mais econômica do que investir na construção de uma grande represa, como faz Cordeirópolis.

Na crise hídrica de 2014, a Prefeitura projetava a construção de uma represa. Na época, foi protocolada uma Manifestação de Interesse Público (MIP), pela qual a então Odebrecht Ambiental, concessionária responsável pelo abastecimento da cidade, se interessou para fazer o estudo técnico. A estimativa, na época, era que a obra durasse 6 anos e fosse finalizada até 2020.

Questionado sobre o projeto no programa “Em Debate” na última semana, o prefeito Mario Botion afirmou que o investimento era da ordem de R$ 70 milhões na época e o alto custou inviabilizou a ideia. Ele disse, no entanto, que a ideia não morreu. “Estamos resgatando este processo, provavelmente fazer uma atualização de valores e verificar se ele é mais pertinente do que a outra ideia que estamos fazendo preliminarmente”, explicou.

Botion disse que a Prefeitura está contratando a Caixa Econômica Federal (CEF), por meio de seu setor técnico, para um estudo sobre as cinco principais represas que compõem a bacia do Ribeirão Pinhal – Usina São Jerônimo, Tabajara, Paraíso (a de maior reserva), Santa Vitória e a Salto do Lobo. Nelas, será feito um estudo de batimetria para verificar qual volume atual e a sua a capacidade de ampliação no caso de desassoreamento e elevação de taludes de contenção.

“Vamos colocar no lápis e identificar o projeto que reserva mais [água] ao menor custo. Tudo indica que [o projeto da Caixa] seria um investimento menor, com uma capacidade de reserva importante”, disse Botion no programa.

Ele lembrou que, em épocas normais, Limeira já capta entre 70% e 80% da água direto do Ribeirão do Pinhal, enquanto o percentual restante é retirado do Rio Jaguari. Outra vantagem deste projeto é que haveria um ganho para a cidade, pois a maioria das represas da bacia do Pinhal fica em território limeirense – a única exceção é a represa da Usina São Jerônimo, cuja metade da reserva fica em trecho de Araras.

Foto: Prefeitura de Limeira/Arquivo (Represa Paraíso)

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