Justiça arquiva inquérito sobre conflito entre padrasto e enteado por excesso de videogame

A Justiça de Limeira (SP) arquivou, na sexta-feira (26/1), o inquérito policial que apurou os crimes de lesão corporal e injúria a partir de um conflito familiar. Tudo começou quando padrasto queria que o enteado adolescente parasse de jogar videogame para fazer tarefas domésticas.

Os fatos ocorreram na tarde de 11 de abril de 2023, numa chácara na zona rural. Conforme apurado, o homem chegou alterado na residência pelo consumo de bebida alcoólica e, durante um desentendimento relacionado aos afazeres domésticos, proferiu ofensas ao enteado, de 15 anos.

Em seguida, o padrasto tentou quebrar o roteador da internet, quando o adolescente e a mãe intervieram. Nisto, o adolescente foi agredido pelo investigado, que o pegou pelo pescoço e o atingiu com um soco no rosto, causando ferimentos considerados leves.

À Polícia Civil, o homem disse tentou desligar o aparelho que libera o sinal da internet para que o jovem parasse de jogar videogame e fizesse as tarefas, como recolher as folhas do quintal. Confirmou a discussão posterior e admitiu que, em meio à confusão, bateu no enteado. Afirmou que foi um episódio isolado, já que nunca o agrediu ou insultou. Após os fatos, ele deixou a casa e se separou da mulher.

Ao analisar os autos, o promotor Renato Fanin decidiu pedir o arquivamento. É que, para eventual oferta de denúncia por lesão corporal, a representação do ofendido é necessária. O adolescente tomou ciência do prazo de seis meses para manifestar o desejo de vê-lo processado, mas o tempo passou e a representação não veio. Também não foi ajuizada nenhuma ação penal privada a respeito do crime de injúria.

O juiz da 3ª Vara Criminal de Limeira, Rafael da Cruz Gouveia Linardi, reconheceu a ausência de condições para o processo e extinguiu a punibilidade do homem, encerrando o caso na esfera penal.

Foto: Freepik

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