30 de agosto de 2019, por volta de 7h35. Caroline Aparecida Marchetti Alves, de 28 anos, estava em seu local de trabalho, numa clínica na Rua Doutor Trajano Barros Camargo. O ex-marido Carlos Eduardo Marceliano Goulante, de 35 anos, estava com uma arma de fogo, atirou na mulher, matando-a e, em seguida, atirou contra si próprio. O crime causou grande comoção à época e, agora, tem um novo desdobramento.
O autor do feminicídio e suicídio, o ex-marido, que não aceitava o fim do relacionamento, não pode ser punido porque também morreu, mas e quem forneceu a arma a ele? Após investigações policiais, que encontraram troca de mensagens do ex com um homem que lhe forneceu a arma, o Ministério Público o denunciou como partícipe na execução do crime.
Nas mensagens, este homem falou a Carlos que a arma tinha 5 balas no tambor. Era uma Taurus, calibre 32. Minutos antes do crime, o ex-marido informa o homem por mensagem que estava de tocaia aguardando.
Depois de entrar na sala, ameaçar uma testemunha, o homem agrediu e deu o primeiro disparo. Depois outros dois e falou ao celular, como mostram imagens de segurança.
A testemunha conseguiu pedir ajuda para chamar a polícia e, com a chegada dos agentes, ele disparou contra si mesmo.
O homem que forneceu a arma foi denunciado por homicídio triplamente qualificado: feminicídio, motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. Se o juiz acolher toda a denúncia da promotora Débora Simonetti, o homem pode ser pronunciado e ir a julgamento do Tribunal do Júri, para onde vão apenas os casos dolosos contra a vida.
O homem já tornou-se réu com o recebimento da denúncia pelo juiz Edson José de Araújo Junior. Enquanto responde à ação penal, o homem está obrigado a respeitar medidas cautelares diferentes da prisão neste momento, como recolhimento domiciliar no período noturno; comparecimento mensal, em juízo, para informar e justificar suas atividades e proibição de se ausentar da Comarca.
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