Um morador de Limeira recorreu à Justiça na tentativa de recuperar o prejuízo após ser vítima do golpe do leilão. Ele processou o banco que fez as transações e também as pessoas suspeitas de aplicarem o golpe, pois receberam o dinheiro. A ação tramitou na Vara do Juizado Especial Cível e Criminal de Limeira e foi julgada na quarta-feira (30).
Ele descreveu na ação por reparação de danos morais, que cadastrou-se num site de leilão virtual, sanou dúvidas por aplicativo de mensagens, arrematou o bem anunciado e fez a transferência bancária de R$ 48 mil em favor de terceiro que acreditava ser proprietário do site de leilão. Ocorre que, ao tentar retirar o veículo, descobriu que tinha sido vítima de golpe. Ele processou o Banco C6, por onde ocorreu a transferência do valor, e três pessoas.
O juiz Marcelo Vieira julgou o caso, mas afastou a responsabilidade do banco, por entender que a empresa não teve responsabilidade no prejuízo. “A única relação da instituição financeira requerida com os fatos narrados é a transferência ter sido feito para conta bancária mantida junto a instituição. Não é razoável sustentar que as instituições financeiras são responsáveis pela regularidade de todos negócios e operações cujos pagamentos sejam efetuados por seus correntistas. É evidente que os prejuízos suportados decorrem exclusivamente de ação dos correqueridos. Assim, sob qualquer aspecto que se analise os fatos narrados, a requerida não concorreu para causar os danos alegados”, citou na sentença.
Quanto aos demais réus, cujos nomes constam nas contas que receberam o valor, foram condenados e deverão restituir, de forma solidária, R$ 48.480 ao autor da ação, com juros de mora desde a citação. Eles podem recorrer.
Foto: Banco de Imagens/CNJ
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