Após receber uma mensagem no WhatsApp, um morador de Limeira (SP) não sabia que estava prestes a cair num golpe que deu prejuízo de mais de R$ 50 mil. Depois do crime, ele recorreu à Justiça para tentar recuperar o valor e o caso foi julgado nesta segunda-feira (22/4) pelo juiz Marcelo Vieira, da Vara do Juizado Especial Cível e Criminal.
Em agosto do ano passado, o rapaz passou a receber notificações em seu WhatsApp de uma suposta empresa que realiza leilões de veículos. A vítima se interessou por um Nissan Kicks e fez um lance de R$ 50.285, que foi aceito.
Como se tratava de um valor alto, e prezando pela segurança da transação, o autor da ação foi até uma agência bancária para conversar com o gerente, efetuou a transferência do dinheiro e mandou o comprovante para a suposta empresa. Ele até recebeu um “termo de arrematação” do veículo, mas teve seu contato bloqueado e percebeu que tinha sido vítima de golpe.
Na tentativa de recuperar o dinheiro, processou o banco e as empresas envolvidas no golpe. Ao analisar o caso, o magistrado considerou que uma das empresas não era parte legítima na ação, porque o golpista usou parte do nome dela para enganar a vítima. “A correquerida em momento algum participou dos fatos narrados, sendo que a mera aparência de somente parte do nome não a legitima para figura na lide”, mencionou na sentença.
Sobre o banco, Vieira entendeu que ele não contribuiu para a execução do golpe, já que foi o próprio autor que fez a liberação da transferência de forma presencial, com conferência de todas as informações. A ação foi julgada improcedente e cabe recurso.
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