As farmácias passam a ser pontos centrais de ajuda e encaminhamento de vítimas de violência doméstica. Com um “X” vermelho na palma das mãos, marcado com caneta ou batom, atendentes destes estabelecimentos saberão como agir de forma discreta.
A mulher será convidada a medir a pressão arterial ou realizar outro procedimento para que o atendente possa tomar as primeiras providências, como acionar o 190 da Polícia Militar (PM) ou 153 da Guarda Civil Municipal (GCM).
Trata-se da campanha “Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica”, lançado em Limeira pelo Anexo de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, que é coordenado pela juíza corregedora Daniela Mie Murata. A iniciativa é da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e já se dissemina por todo o País.
Nesta terça-feira (3), a juíza junto com servidoras do Anexo, a escrevente Gislaine Andreolli e a assistente social Simone Menegon, apresentaram a campanha a representantes de diversos órgãos, como Ministério Público, Defensoria Pública e Câmara. Participaram também a presidente do Ceprosom, Maria Aucélia Damaceno, e o secretário de Comunicação, Antonio Peres, que auxiliarão na divulgação da campanha que vai ao encontro do objetivo da Rede Elza Tank: proteger as vítimas de violências com os mais diversos instrumentos disponibilizados pelo município.
COMO VAI FUNCIONAR
Redes farmacêuticas já receberam comunicado para participação na campanha. Há muitos outros estabelecimentos nos bairros que não pertencem a redes, mas também podem aderir. Basta procurar o Anexo, que fica no Fórum Spencer Vampré, no Centro, pois é preciso assinar um termo de adesão e obter orientações sobre o protocolo.
Os atendentes não farão parte de eventuais ocorrências registradas, nem mesmo serão identificados. Serão apenas instrumentos fundamentais para identificar o sinal com “X” vermelho nas mãos, entender que trata-se de um pedido de socorro de uma vítima de agressão para, discretamente, acionar a PM ou a GCM.
A juíza ressaltou a simplicidade da campanha e do próprio ato de ajuda, mas que por isso mesmo pode ser bastante efetivo no auxílio a estas mulheres que muitas vezes têm medo de buscar um órgão policial. Farmácias foram escolhidas como referência porque são os estabelecimentos que ficam abertos mesmo numa pandemia, aos finais de semana ou feriados. Nada impede que as vítimas também mostrem a mão com o sinal a uma autoridade policial, que também saberá quais providências tomar.
Cartazes de divulgação serão afixados em diversos pontos para que cada vez mais este sinal com “X” vermelho nas mãos de uma mulher seja reconhecido como um pedido de ajuda.
SERVIÇO
– Qualquer farmácia em Limeira pode procurar o Anexo de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, que fica no Fórum Spencer Vampré, no centro de Limeira.- O representante do estabelecimento apenas assinará um termo de adesão e receberá as orientações sobre o protocolo a ser adotado.- Não haverá identificação do atendente em eventuais processos consequentes do ato.- Para mais informações às farmácias, o telefone do Anexo de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher é o 3442-4260.
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