A Câmara Municipal de Limeira vai retirar as sessões solenes de homenagens das sessões ordinárias. A medida foi decidida como alternativa para solucionar o acúmulo de homenagens já aprovadas pelo Legislativo e ainda não entregues. O problema se agravou com a pandemia, quando aglomerações de pessoas foram proibidas para evitar a proliferação da Covid-19.
O presidente da Câmara, Everton Ferreira (PSD), levou o assunto para discussão em plenário na última sessão. Hoje, o Legislativo tem 40 títulos de Cidadão Limeirense a entregar e outros 40 Diplomas de Gratidão da Cidade de Limeira e a Medalha de Mérito Cívico XV de Setembro “Ordem Tatuiby”. Atualmente, os vereadores entregam as homenagens dentro das sessões, antes de iniciar a votação da Ordem do Dia.
A mudança foi debatida entre os parlamentares que integram a Mesa Diretora. “A ideia é tirar a sessão solene da sessão ordinária. Às vezes a sessão destempera e é normal os ânimos se exaltarem. A família está ali para ganhar um título de Cidadão Limeirense e o ‘bambu tá gemendo’ aqui em cima. Por isso é importante uma sessão solene específica para isso. O objetivo é otimizar porque a pandemia travou tudo e não temos condições de fazer essas entregas na sessão ordinária”, disse Everton.
O presidente sugeriu sessões solenes no Teatro Nair Bello, localizada na sede da Secretaria da Educação, no Parque Cidade; Teatro Vitória ou no salão social do Nosso Clube. Assim, seria possível juntar as homenagens em uma sessão. “Ficará um evento mais adequado para os familiares”, completou Everton.
Opiniões
Dr. Júlio César Pereira dos Santos (União) pediu discussão maior sobre o tema, já que, embora o homenageado tenha feito trabalhos relevantes para a cidade, o número de pessoas que o acompanhariam na sessão pode não ser tão grande. “Muitas vezes é restrito, não sei se colocar em lugares como o Nosso Clube ou teatros seria uma boa questão”. Everton explicou que, a depender da estimativa de público, o plenário da própria Câmara pode sediar a sessão solene com homenagens unificadas.
Nilton Santos (Republicanos) apontou a necessidade de estudar a viabilidade das datas. “Eu, por exemplo, só tenho condições de comparecer às quintas-feiras”. Além de Nilton, os vereadores Anderson Pereira (PSDB) e Sidney Pascotto (PSC), o Lemão da Jeová Rafá, pontuaram a necessidade de respeitar circunstâncias especiais, como a entrega de homenagem para autoridades eclesiásticas. Geralmente, a sessão solene ocorre na própria igreja nestes casos. Homenageados que bancarem uma recepção especial também devem ser mantidos.
José Eduardo Monteiro Júnior (PV), o Ju Negão, alertou sobre a extensão da sessão solene. “Temos que se preocupar também com a fala do vereador que propôs a homenagem. Querendo ou não, alguns podem levar 20 minutos, depois tem o tempo para o homenageado falar. Tudo tem que ser levado em consideração, senão a sessão vai ficar muito extensa”, disse, sugerindo um limite de três homenagens por sessão solene, ao menos para experiência inicial.
Everton topou a ideia. Assim, a primeira sessão solene unificada deve ter três homenagens, sendo duas delas de autoria de vereadores da atual legislatura e a outra, de ex-parlamentares. Na fila, há 29 pessoas que receberam título de Cidadão Limeirense de parlamentares que já deixaram a Casa. Outras 20 medalhas da Ordem Tatuiby estão na mesma situação. “A pessoa que teve homenagem aprovada pelo plenário merece recebê-la. Um dia serei ex-vereador e eu gostaria que a homenagem fosse entregue”, completou Everton.
Assim, a primeira sessão solene unificada será agendada pela Câmara a partir de indicações dos vereadores que concordarem com a ideia. A relação dos homenageados será divulgada em breve.
Foto: Câmara Municipal de Limeira
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