Agendado júri de acusado de matar após venda de rádio com defeito

A venda de um rádio com defeito foi a motivação, de acordo com o Ministério Público (MP), de um homicídio ocorrido em Araras. A vítima, Luiz Fernando Lopes, foi alvo de tiros em 30 de maio de 2016, ficou tetraplégica e depois faleceu. A Justiça de Araras agendou para o próximo ano o Tribunal do Júri que vai julgar o réu E.G.M., que nega o crime.

O réu tinha um estabelecimento comercial e Lopes fez a aquisição de um rádio, que estava com defeito. Uma testemunha afirmou em juízo que Lopes e E. tiveram uma desavença por causa dessa transação, situação que teria motivado a ameaça de morte por parte do réu e, mais tarde, os disparos. Em data anterior, conforme a mesma testemunha, o acusado tentou matar a vítima com golpes de faca. A versão sobre o rádio também foi confirmada pela Polícia Civil durante a investigação.

Interrogado, o réu negou a versão da vítima. Afirmou que não conhecia Lopes e nem mesmo o outro réu, que morreu. Disse também que não sabe a razão pela qual foi apontado como autor do crime e descreveu que o único contato que teve com Lopes foi por conta de venda frustrada do rádio. Alegou ter devolvido o dinheiro por conta de defeito no produto e citou que a vítima foi ao seu estabelecimento e mandou todos que estavam no endereço correrem, pois iria “deitar todo mundo”. O réu informou que correu e se abrigou no imóvel vizinho, com sua enteada.

A Justiça entendeu que há indícios de autoria e pronunciou o réu no ano passado. O juiz Rafael Pavan de Moraes Filgueira designou, no dia 24 de janeiro, a data para a realização do Tribunal do Júri, para o dia 30 de março de 2022, às 9h30.

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