Volume de chuva registrado em janeiro é o maior dos últimos seis anos em Limeira

Limeira registrou, em janeiro, 383 milímetros de chuva, o maior volume registrado no mês desde 2016 quando choveu 404 milímetros, de acordo com dados do monitoramento pluviométrico do rio Jaguari, responsável pela captação da água que abastece a cidade, e da Estação de Tratamento de Água (ETA) da cidade.

Apesar de contribuir para a recuperação dos mananciais, a BRK, concessionária responsável pelos serviços de água e esgoto da cidade, alerta para os perigos que o lançamento irregular da água de chuva nas redes de esgoto pode causar.

A rede de esgoto é responsável por coletar os resíduos líquidos produzidos nas atividades do cotidiano. A água que escoa pelos ralos e vasos sanitários de residências e escritórios é recolhida pela tubulação e direcionada para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), onde passa por diversos procedimentos até estar apta para retornar ao meio ambiente.

Já a rede de drenagem de água pluvial recolhe os excessos de água da chuva que se acumulam em superfícies e subsolos da cidade. Ela é formada por estruturas responsáveis por conduzir as águas residuais das chuvas – que não precisam de tratamento – de volta aos rios, lagos e mares. É um mecanismo que atua para evitar alagamentos nas cidades.

“Por terem funções diferentes, as duas redes não podem se misturar para que não prejudique nenhum dos dois sistemas, seja o tratamento do esgoto ou escoamento da água de chuva”, explica Rogério Lima, gerente de operações da BRK em Limeira.

A ligação irregular da água de chuva na rede coletora de esgoto pode causar o transbordamento dos poços de visita (local de acesso às tubulações de esgoto) e, consequentemente, aumentar a possibilidade de retorno do efluente nas ruas e nos imóveis, tendo em vista a força e quantidade de água de chuva que entra na rede de forma incorreta.

“Durante o verão, que é a estação mais chuvosa do ano, registramos um aumento de 10% nas ocorrências de esgoto. Isso ocorre, principalmente, porque a água de chuva que deve ser direcionada para o sistema pluvial é encaminhada para as redes coletoras de esgoto – o que está incorreto, porque sobrecarrega a tubulação. As redes de esgoto foram projetadas para receber, exclusivamente, o efluente proveniente dos banheiros, pias e cozinha. Quando a água da chuva é incorretamente direcionada para a rede coletora de esgoto, ela sobrecarrega o sistema e provoca obstruções, extravasamentos e compromete o serviço de coleta e tratamento, assim como pode gerar prejuízos para toda a comunidade local”, complementa o gerente.

Essas ligações inadequadas – muitas vezes causadas por desconhecimento da população – são proibidas por lei e passíveis de punições. No Brasil, onde há grande volume de chuvas, especialmente no verão, é proibido lançar água pluvial nos ramais de esgotos. No Estado de São Paulo, o decreto 5.916/75 determina essa regra. Por isso, é necessário que os imóveis tenham duas saídas distintas, separando assim a água de chuva dos esgotos gerados nas residências.

Fonte: BRK
Foto: Freepik

Deixe uma resposta

Your email address will not be published.

error: Conteúdo protegido por direitos autorais.