A Polícia Civil de Iracemápolis concluiu o inquérito que apurou a ocorrência de incêndio no ecoponto da cidade, na madrugada de 15 de abril deste ano. O relatório assinado pelo delegado Rodrigo Rodrigues indiciou um ajudante de pintor, de 42 anos, pelo crime de incêndio previsto no artigo 250 do Código Penal, com previsão de pena aumentada pelo crime ter sido cometido para obter dinheiro e em depósito inflamável.
O fogo foi avistado por guardas civis municipais que faziam patrulhamento no Distrito Industrial de Iracemápolis. O Corpo de Bombeiros foi acionado. No local, havia um homem sentado olhando os profissionais debelarem as chamas. Ele mesmo admitiu ter iniciado o incêndio em materiais destinados à reciclagem, como colchão.
O local é afastado e, por isso, o fogo não atingiu construções de alvenarias, somente lixo e materiais depositados no ecoponto. O prédio da portaria e a vegetação existente ao redor não foram atingidos. Ouvido pela polícia, o homem falou que utilizou pinga e fósforo para iniciar a queimada e que teria recebido R$ 100 de uma pessoa para fazer o procedimento.
A versão também foi confirmada pelos guardas que atenderam a ocorrência. Sebastião Braz Siqueira, diretor de serviços urbanos de Iracemápolis, disse que os trabalhos para contenção do fogo e resfriamento do material duraram a madrugada e o dia todo e por pouco uma área de preservação permanente não foi atingida.
A polícia tentou, mas não conseguiu identificar o mandante do incêndio. O crime previsto no Código Penal prevê pena de 3 a 6 anos de reclusão e multa, com aumento de 1/3 se o delito foi cometido em troca de dinheiro e em depósito inflamável.
O relatório da Polícia Civil já foi encaminhado ao Ministério Público, que pediu, no último dia 29, informações sobre os antecedentes do acusado para verificar se é caso de oferecer Acordo de Não Persecução Penal (ANPP).
Foto: Prefeitura de Iracemápolis/Arquivo (foto do início do ano, antes do incêndio)
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