Limeira estuda protocolo para fornecer sensor que monitora diabetes

A Secretaria de Saúde de Limeira estuda a implementação de um protocolo municipal para o fornecimento do Sensor FreeStyle a pacientes diabéticos. Trata-se de um pequeno instrumento aplicado no braço. O aparelho permite ao portador da doença monitorar os níveis de açúcar no sangue, em tempo real, quantas vezes for necessário ao longo do dia.

O desenvolvimento foi revelado pelo secretário Vitor Santos em ofício ao gabinete do vereador Everton Ferreira (PSD). E a ação deve fazer parte de algo maior: está em processo de estudo, na Prefeitura de Limeira, a implantação de um Centro do Idoso que englobará atividades relacionadas ao Diabetes Mellitus (DM) e a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS).

Segundo Everton, aproximadamente 5 mil pessoas são atendidas na rede pública, mas estimativa é de que haja mais de 20 mil diabéticos em Limeira.

A ideia da Saúde é, inicialmente, incluir 30 pacientes ao ano no programa de acompanhamento da diabetes, com idades entre 4 e 18 anos. Segunda a pasta, o Diabetes Mellitus (DM) é uma doença que surge, de forma comum, durante a infância ou adolescência e acarreta implicações clínicas, psicológicas e sociais na vida da pessoa – é responsável por 2/3 dos novos casos em crianças de todos os grupos étnicos.

“O ciclo compreendido até a adolescência é um período crítico na vida dos pacientes com DM, já que os conflitos típicos dessa fase se somam, nesses indivíduos, às mudanças impostas pela doença. A maioria dos diabéticos apresenta piora do controle metabólico na adolescência, não somente, mas principalmente devido aos impactos dos fatores biológicos da puberdade”, esclareceu a Secretaria no ofício.

O Executivo explica que o sensor permite a captação dos níveis de glicose por meio de um microfilamento. Sob a pele e em contato com o líquido intersticial, o aparelho mede, a cada minuto, a glicose. O leitor é escaneado e mostra o valor da glicose medida em menos de um segundo. “O uso do sensor FreeStyle Libre pode reduzir em 40% o tempo de episódios de hipoglicemia noturna e em 38% em outros períodos do dia. Segundo o laboratório fabricante não há estudos em menores de 4 anos”, finalizou a Secretaria da Saúde.

Everton lembra que, em Limeira, também há voluntários do Grupo de Apoio aos Diabéticos (GAD) que, desde março de 2019, trabalham com o objetivo de acolher a população diagnosticada com a doença. “Principalmente aqueles que acabam de fazer a descoberta do diabetes”, apontou.

Foto: Breno Esaki / Agência Brasília

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