Empresa de investimento de Limeira tem R$ 360 mil bloqueados pela Justiça

Investigada pela Polícia Civil por possíveis crimes de estelionatos, a empresa de investimentos sediada em Limeira é alvo de cinco ações cíveis que pedem a rescisão contratual e devolução do capital inicial investido por clientes que se sentem lesados. Em alguns processos, já existem decisões liminares para bloqueio de valores da empresa que totalizam, até o momento, R$ 360 mil.

Os clientes, todos representados pelo mesmo advogado, apontam, em resumo, que o CEO da empresa não cumpriu acordo de devolver repasse de juros simples, como anunciado antes da assinatura do contrato.

O limeirense se apresenta nas redes sociais como CEO de uma empresa de investimentos financeiros. Em anúncios, promete liberdade financeira aos clientes. Um dos serviços era a oferta de rendimentos de 8% ao mês sobre um capital inicial que seria investido, pela empresa, no mercado.

Atraídos pelos investimentos, clientes fecharam contratos de mútuos onerosos. Até o dia 10 de cada mês, o empresário devolveria 8% de juros simples sobre esse valor. No contrato, também está estipulado que venceria 12 meses após a assinatura e, depois de 30 dias do vencimento, o total do valor aportado inicialmente seria devolvido ao contratante. Ocorre que o empresário deixou de repassar os 8% como previsto.

No último dia 18, três ações foram protocoladas. Na primeira, o juiz da 5ª Vara Cível de Limeira, Flávio Dassi Vianna, concedeu tutela de urgência para determinar o bloqueio de valores do CEO e da empresa no valor de R$ 70 mil, correspondente ao capital inicial aplicado pelo autor. O objetivo é evitar a dilapidação patrimonial dos acusados. Na segunda ação, o mesmo magistrado mandou bloquear até R$ 235 mil. O terceiro processo está sob análise do juiz da 4ª Vara Cível, Marcelo Ielo Amaro, com pedido de bloqueio e restituição de R$ 131 mil.

Outras duas ações foram movidas nos dias 22 e 23, respectivamente. Vianna já concedeu liminar de bloqueio de R$ 55 mil em uma delas. A outra foi distribuída para a 2ª Vara Cível, no valor de R$ 131 mil. Além da devolução do dinheiro, os clientes também pleiteiam indenização por danos morais no valor de R$ 20 mil.

Agora, a empresa e o proprietário serão citados para apresentação de contestação.

Foto: Pixabay

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