Uma série de ações contra a Cooperativa Habitacional de Limeira foi ajuizada na Justiça local, onde pessoas que adquiriram cotas pedem a anulação do contrato e respectiva devolução do dinheiro já investido. Num dos casos, defendido pelos advogados Maicon Theresa e Caio Augusto Correa, do escritório AM Advocacia e Assessoria Jurídica, um homem investiu ao menos R$ 10 mil e não teve qualquer retorno.
O autor da ação se tornou cooperado na cooperativa onde esperava adquirir um imóvel popular no valor de R$ 180 mil. Após aderir ao grupo, efetuou o pagamento de 12 parcelas que resultaram em R$ 10.302,75. No entanto, após julho do ano passado, ele foi informado de uma alteração no projeto que iria se tornar o programa “Casa Mais Digital” e, com a mudança, não haveria mais a entrega de uma casa, mas de uma carta de crédito no valor de R$ 300 mil. “Em 6 de agosto de 2022, às 19:00 horas, a requerida fez um sorteio de duas casas em Assembleia, realizada no salão de eventos de um hotel, onde os contemplados até hoje não receberam nenhuma casa, tampouco, carta de crédito”, consta na reclamação ajuizada na 2ª Vara Cível.
Ainda no processo, o cooperado mencionou que tentou contato com os representantes da cooperativa, mas sem sucesso, porque os canais de atendimento não funcionam e no endereço, ninguém atende.
Além da ação na esfera cível, o autor registrou um boletim de ocorrência no 1º Distrito Policial (DP) onde, ao todo, 12 pessoas constam como vítimas. Na Justiça, o homem que se sentiu lesado pede a rescisão contratual com a consequente devolução dos valores pagos.
A ação está em trâmite e a Justiça já determinou a citação do representante da cooperativa, que em prazo para se defender, caso contrário, o caso será julgado à revelia. O DJ verificou que mais de uma dezena de ações está espalhada entre as varas cíveis de Limeira e tentou um posicionamento da cooperativa, mas o site dela onde havia informações de contato encontra-se fora do ar.
Foto: Rodrigo de Souza
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