Sindicatos de trabalhadores em Limeira se posicionam contra flexibilização da quarentena

A recepção pela Prefeitura de Limeira das medidas anunciadas na semana passada pelo Estado, em ampliar a flexibilização da quarentena na cidade, aumentando de 30% para 40% a taxa de ocupação em estabelecimentos comerciais e atividades culturais e esportivas, não foi bem recebida pelo Comitê da Covid-19 de Limeira, criado no início deste ano e que reúne os sindicatos que compõem a União Sindical dos Trabalhadores de Limeira (USTL). Nesta segunda-feira (24), a entidade encaminhou ofícios para a Prefeitura de Limeira e para a Câmara se posicionando contrária à medida.

Para Artur Bueno Júnior, presidente da USTL, a flexibilização reflete o oposto da realidade do Município. “Um visível contrassenso diante do quadro que estamos vivendo”, afirmou. No ofício, o Comitê considera que a taxa de 100% de ocupação dos leitos da Unidade de Referência Coronavírus e de cerca de 90% em hospitais na cidade é preocupante, bem como os números de mortos pela Covid 19 nos últimos dias.

O Comitê também aponta a grande quantidade de pessoas nas ruas e no transporte coletivo, especialmente por causa da volta às aulas, sendo que a ampliação agora colocada vai aumentar ainda mais este contingente. E cita a cepa indiana da doença, que parece avançar no país. “Não adianta o governo municipal dizer que acompanha as decisões do governo do estado nesta questão, já que a decisão de flexibilizar ou não, decretar lockdown ou não, se posicionar mais firme ou não é exclusivamente dos municípios – então o prefeito poderia, sim, tomar medidas mais drásticas neste momento”, disse Junior.

Os vereadores também foram cobrados. “É hora de os vereadores mostrarem a indignação da população e exigir que a Prefeitura tome o caminho oposto ao apresentado no sábado, no Jornal Oficial. Não há vagas nos hospitais, mais gente vai se contaminar e morrer se medidas duras não forem tomadas”, finalizou o presidente da USTL.

O Comitê da Covid-19 exigiu um posicionamento oficial do Executivo e do Legislativo, além de solicitar reunião com a Prefeitura para tratar do assunto.

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