PM inquilino que matou dona de chácara vira réu por homicídio

A Justiça de Limeira (SP) recebeu denúncia oferecida pelo Ministério Público (MP) contra W.A.M., policial militar, acusado de matar a proprietária da chácara onde mora, no Bairro das Areias, zona rural. Além deste assassinato, ele também responderá pela tentativa de homicídio da filha da mulher. Os crimes ocorreram em 29 de abril deste ano e W. está preso.

Na manhã daquela segunda-feira, Marizete Fernandes do Nascimento, de 60 anos, esteve no condomínio rural acompanhada da filha, de 38 anos. W. era inquilino e havia feito um ajuste de locação verbal da chácara, na qual residia com a família.

Conforme denúncia oferecida pela promotora Débora Bertolini Ferreira Simonetti, Marizete pediu ao inquilino que formalizasse o contrato por escrito, mas ele recusou e ficou com uma das vias assinadas. Na ocasião, ela verificou que havia muita sujeira no imóvel e o mato estava alto.

Ainda pela manhã, Marizete e a filha decidiram capinar e limpar a frente do terreno. Para amenizar a sujeira, atearam fogo e, em seguida, deixaram o local. À tarde, elas retornaram para concluir o trabalho. Marizete pediu à esposa do PM autorização para que entrasse no imóvel para capinar rente à cerca. Ela iniciou o trabalho após obter aval, enquanto a filha permaneceu sentada do lado de fora.

No final da tarde, W. chegou, pegou a enxada e separou a parte metálica do cabo de madeira. Em seguida, pegou a faca que estava guardada no banco traseiro do carro e saiu no encalço de Marizete. A filha gritou para que a mãe corresse, mas o inquilino atingiu as costas da mulher. Depois, utilizou o cabo para golpear Marizete e a esfaqueou no abdome.

Na sequência, W. foi até a filha e, com a faca, atingiu-lhe no lado direito do tórax. Ela conseguiu correr e pediu socorro ao ex-cunhado, que reside nas imediações. O SAMU foi chamado e ela foi socorrida até o hospital. Marizete morreu no local e a filha sobreviveu. Quando a Polícia Militar chegou, W. imediatamente colocou as mãos na cabeça e foi preso em flagrante.

Nesta terça-feira (21/5), o juiz Guilherme Lopes Alves Lamas, da 2ª Vara Criminal, recebeu a denúncia e abriu a ação penal. A promotora pede que W. seja levado a júri popular pela acusação de homicídio duplamente qualificado (motivo fútil e sem chance de defesa à vítima) e tentativa de homicídio com as mesmas qualificadoras.

W. será citado e terá prazo de 10 dias para apresentar resposta à acusação.

Foto: Diário de Justiça

Deixe uma resposta

Your email address will not be published.

error: Conteúdo protegido por direitos autorais.