Mais de 40 escolas municipais de Limeira registraram casos da doença mão-pé-boca

Em resposta a requerimento feito pela vereadora Constância Félix (PDT), a Prefeitura de Limeira revelou dados que chamaram a atenção referente a notificação de doenças registradas em escolas municipais. Mesmo tendo sido um ano com pouca frequência presencial nas unidades devido à pandemia de Covid-19, foi o que mais teve registro de casos da doença chamada mão-pé-boca.

Até 30 de novembro, foram registrados 178 casos em crianças matriculadas na rede municipal. São casos identificados em 42 escolas. A Secretaria de Saúde informou que os casos começaram a aumentar em outubro e a Secretaria de Educação foi orientada a utilizar um informe para distribuição e orientação dos profissionais com medidas que pudessem reduzir a incidência.

O total de notificações na cidade neste ano, até a data, foi de 365. Conforme a resposta à parlamentar, os casos da doença mão-pé-boca começaram a ser notificados em 2018, quando houve 55 notificações em 25 escolas. Em 2019, foram 36 casos em 8 escolas e, em 2020, ano que teve início a pandemia com fechamento de escolas, não houve notificações de estudantes ou unidades escolares, mas a cidade teve 25 casos da doença.

De acordo com o Ministério da Saúde, a doença mão-pé-boca é uma enfermidade contagiosa causada pelo vírus Coxsackie da família dos enterovírus que habitam normalmente o sistema digestivo e também podem provocar estomatites (espécie de afta que afeta a mucosa da boca). Embora possa acometer também os adultos, ela é mais comum na infância, antes dos cinco anos de idade. O nome da doença se deve ao fato de que as lesões aparecem mais comumente em mãos, pés e boca.

São sinais característicos da doença:

– febre alta nos dias que antecedem o surgimento das lesões;
– aparecimento, na boca, amídalas e faringe, de manchas vermelhas com vesículas branco-acinzentadas no centro que podem evoluir para ulcerações muito dolorosas;
– erupção de pequenas bolhas em geral nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, mas que pode ocorrer também nas nádegas e na região genital;
– mal-estar, falta de apetite, vômitos e diarreia;
– por causa da dor, surgem dificuldade para engolir e muita salivação.

A transmissão se dá pela via fecal/oral, através do contato direto entre as pessoas ou com as fezes, saliva e outras secreções, ou então através de alimentos e de objetos contaminados. Mesmo depois de recuperada, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas. O período de incubação oscila entre um e sete dias. Na maioria dos casos, os sintomas são leves e podem ser confundidos com os do resfriado comum.

Tratamento:

Ainda não existe vacina contra a doença mão-pé-boca. Em geral, como ocorre com outras infecções por vírus, ela regride espontaneamente depois de alguns dias. Por isso, na maior parte dos casos, tratam-se apenas os sintomas. Medicamentos antivirais ficam reservados para os casos mais graves. O ideal é que o paciente permaneça em repouso, tome bastante líquido e alimente-se bem, apesar da dor de garganta.

Foto: Wikimedia Commons / Reprodução

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