Leitoa de R$ 1,6 mil: polícia identifica 2 por furto e abate em Iracemápolis

A Polícia Civil concluiu, no mês de julho, o inquérito que investigou o furto e abate de uma leitoa de 150 quilos, avaliada em R$ 1,6 mil, em Iracemápolis. O animal foi abatido no próprio sítio. Dos três envolvidos, dois foram identificados – um deles é adolescente. Inicialmente, eles miravam uma vaca, mas acharam o animal muito pesado. Sobrou para o porco.

O caso aconteceu na noite de 24 de maio de 2022. No dia seguinte, o dono do sítio procurou a polícia e informou que, pelas imagens de câmeras de monitoramento, pelo menos três homens tinham invadido a propriedade e abatido a leitoa. No local, deixaram uma caixa de maço de cigarros e uma faca de caça.

A partir do relato, a Polícia Civil de Iracemápolis instaurou inquérito para apurar crime de furto. A investigação apontou que um dos envolvidos utilizava uma touca ninja, outro colocou a camisa para tentar esconder o rosto e o terceiro utilizou o capuz de uma blusa, tudo para dificultar a identificação. O Setor de Investigações analisou as imagens das câmeras e, após diversas diligências, identificou um adolescente de 17 anos e E.S., de 19 anos.

Na delegacia, acompanhado da mãe, o jovem deu detalhes da ação. Disse que estava com E. e outra pessoa na Praça Geraldo Gonçalves quando os chamou para “pegar um bezerro na chácara”. Ele relatou que já conhecia o sítio, pois costuma nadar em um riacho que passa ao lado do local onde ficam os animais.

Naquela noite, conforme o adolescente, eles seguiram o riacho e chegaram ao local. Perceberam que era difícil “puxar o bezerro”, considerado muito pesado, então decidiram pegar o porco. O animal, contudo, também era volumoso. Eles decidiram matar a leitoa por ali mesmo e tiraram o pernil. Por volta de 1h30, o adolescente disse ter guardado o porco em local que não quis revelar e seguiu para casa. Vendeu a sua parte por R$ 200 a uma pessoa, que também não identificou.

E., por sua vez, prestou declarações e negou ter participado do crime, afirmando que estava na casa da namorada naquela noite. A polícia descobriu, posteriormente, que E. pediu à mulher que falasse na delegacia que tinha dormido em sua casa. Em novo depoimento, a namorada não soube dizer, com precisão, se naquela noite o companheiro dormiu ou não na residência.

Na última segunda-feira (07/08), a promotora Raissa de Oliveira Martins Domingos propôs acordo a E.. Para isso, ele precisará confessar formalmente o crime. A proposta, considerada como suficiente e necessária para a reprovação e prevenção do crime, prevê pagamento de três salários mínimos, em até 24 parcelas de R$ 165, e a proibição de mudar de residência sem aviso prévio ao Judiciário.

O investigado será notificado a se manifestar sobre a proposta que, se aceita, evita o oferecimento de denúncia. Em relação ao adolescente, a promotora pediu o envio de cópias do inquérito para apuração de ato infracional, nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Foto: Reprodução/Google

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