Caminhoneiro que transportava R$ 200 milhões em cocaína para Limeira é condenado

A Justiça de Tabapuã condenou no dia 7 o caminhoneiro R.V.M. por tráfico de entorpecentes. A punição é consequência de um flagrante que ocorreu no dia 16 de setembro do ano passado na Rodovia SP-310, altura do município de Catiguá, quando ele foi surpreendido transportando pouco mais de 600 quilos de cocaína, com destino a Limeira. Os entorpecentes apreendidos foram avaliados em R$ 200 milhões.

Na denúncia, a promotora Bruna Maria Buck Muniz descreve que a abordagem do réu foi feita pela Polícia Militar, que notou o nervosismo do caminhoneiro, pois ele ficava a todo momento ficava olhando no retrovisor.

O caminhão, com placas de Campinas, foi parado e transportava uma carga de cocos, mas os policiais perceberam que os alimentos aparentavam estar todos estragados e decidiram vasculhar a carroceria. “Os policiais localizaram 21 malas contendo, em cada um, 30 tijolos de cocaína, o que totalizava 630 tijolos”, citou a promotora.

R. confessou que receberia R$ 15 mil para transportar a droga de Rondonópolis (MT) a Limeira, acabou preso flagrante e denunciado por tráfico de drogas.

A ação penal tramitou na Vara Única de Tabapuã e foi analisada pela juíza Patrícia da Conceição Santos. Para a magistrada, as provas indicaram a responsabilização do réu pelo crime apontado pelo MP. “Chama a atenção que a quantidade e natureza da droga induz, inclusive, à audácia e certa profissionalização do acusado no narcotráfico, considerando que as organizações criminosas afetas ao tráfico de entorpecentes, ao captarem pessoas para o transporte das drogas, não entregam alta quantidade de entorpecentes logo na primeira viagem, ocorrendo o aumento de forma gradual. Portanto, não prospera a alegação do réu de que foi a primeira vez que efetuou o transporte da droga”, mencionou.

R. foi condenado por tráfico de drogas à pena de 11 anos e 8 meses de reclusão, em regime inicial fechado, sem direito a recorrer em liberdade. A Justiça autorizou o uso do caminhão apreendido pela Prefeitura de Catiguá. Cabe recurso.

Foto: PMR

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