O Comitê Gestor do Plano de Prevenção e Contingenciamento em Saúde da Covid-19 de Iracemápolis recomendou à prefeita Nelita Michel (PL) que o início das aulas no Município ocorra de forma remota em fevereiro. A Prefeitura confirmou nesta terça-feira que aceitou a recomendação.
O encontro do Comitê, composto por profissionais de diversas áreas como saúde, segurança e educação, ocorreu nesta segunda-feira (18) e a recomendação ocorreu após análise de dados das coordenadorias de Saúde e Educação. Uma nova análise será feita em março sobre a possibilidade das aulas presenciais começarem a partir de abril.
Coordenadora de Educação, Vilcéia Salvino da Silva Corrêa informou que a pasta tem um expressivo porcentual de servidores que estão afastados, por decreto federal, por terem mais de 60 anos ou comorbidades. De acordo com o Executivo, essa situação comprometeria a qualidade no atendimento das crianças. ” Entre as merendeiras, cerca de 40% estão neste grupo. Já entre os motoristas do transporte escolar, uma média de 60% está afastado pelo mesmo decreto. Serventes das escolas são 10% e professores são 5% que estão afastados por medida federal”, citou em nota.
Vilcéia informou que a retomada, em fevereiro, das aulas presenciais está comprometida. “Sabemos da importância do retorno das aulas presenciais, no entanto, com tantos servidores afastados por serem do grupo de risco, a retomada em fevereiro, de forma presencial, ficaria comprometida. Temos totais condições de iniciar o ano letivo com aulas de forma remota”.
NA SAÚDE
Durante o encontro, representantes da Saúde apresentaram boletim epidemiológico. Entre os participantes convidados, quatro médicos que realizam atendimentos na cidade ajudaram o comitê a compreender a atual situação do município em relação aos casos e aceitaram, inclusive, assinar um termo sobre a opção em não retomar as aulas de forma presencial. O parecer técnico dará embasamento ao decreto sobre o tema. A região de Piracicaba, da qual Iracemápolis faz parte, está na fase laranja do Plano São Paulo.
Nelita ressaltou que a definição demandou análises por parte de toda a equipe de trabalho, o que inclui diversos setores. “Não é fácil esperar, pois sabemos da importância da escola para nossos alunos. No entanto, precisamos proporcionar o retorno quando estivermos mais seguros e com nossos servidores aptos ao trabalho. Até lá, nossas aulas on-line seguirão, com nossa equipe da Educação dando total assistência às famílias”.
NOVA ANÁLISE
O tema voltará a ser discutido em março para que o comitê e Prefeitura possam pontuar sobre uma retomada das aulas presenciais a partir do segundo bimestre deste ano. Para que isso ocorra, serão necessários a redução dos casos de covid-19, além de capacitações para todos os profissionais da Educação.
A medida vale para as escolas municipais, estaduais e particulares de Iracemápolis.
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