Uma moradora de Limeira tentou reverter na Justiça o prejuízo que teve após cair num golpe. Ela teve valores retirados de sua conta bancária após clicar num link malicioso. A ação foi julgada nesta semana.
A autora apontou que comprou produtos num site de confecções, mas a entrega atrasou. Ela afirmou que foi procurada pelo “advogado” da empresa e recebeu um link para reaver seu dinheiro. Porém, descobriu que o link que acessou acabou por permitir que terceiros tivessem acesso à sua conta bancária e retirassem valores. Para ela, a empresa teve culpa e, por isso, ajuizou a ação na Vara do Juizado Especial Cível e Criminal.
Ao analisar o caso, o juiz Marcelo Vieira, no entanto, não viu responsabilidade da ré e atribuiu culpa exclusiva à autora. “Foi a autora quem procurou a requerida e acabou por permitir o contato com o falsário. Não há qualquer indício que o golpista estava na posse de qualquer dado da requerente. Não é razoável sustentar que a requerida seja condenada por golpes de terceiros que utilizaram seu nome, as mensagens apresentadas pela requerente não indicam que o falsário tinha acesso aos seus dados, não há qualquer informação acerca da legitima compra, ao contrário há apenas menção de atraso de entrega”, descreveu na sentença.
Ainda para o magistrado, houve falta de cuidado. “É evidente que os prejuízos suportados decorrem exclusivamente de ação de terceiros e falta de cuidado da autora. Assim, sob qualquer aspecto que se analise os fatos narrados, a requerida não concorreu para causar os danos alegados”, concluiu.
A ação foi julgada improcedente e a autora pode recorrer.
Foto: Divulgação/TRT-15
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